Manter animal silvestre em casa não é uma forma de amar

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
06 de novembro de 2013
“A apreensão de animais silvestres criados em cativeiro é uma das principais ocorrências atendidas em Boa Vista pela Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) da Polícia Militar de Roraima (PMRR). Papagaios, jabutis e pássaros são os alvos mais comuns.

De janeiro a agosto deste ano, 40 animais foram capturados pela unidade policial. (…)

Aves apreendidas pela Cipa
Foto: Neidiana Oliveira/G1


“A pessoa pode até pensar que cuidar de um animal silvestre que apareceu em sua casa é um gesto de amor, mas não é. Lugar de bicho é em seu habitat natural. Além de ser proibida a criação sem a devida autorização, o animal corre risco de vida e não terá o desenvolvimento correto”, destaca o comandante da Cipa, major Ademildo José Barreto Magalhães.”
– texto da matéria “Cipa apreendeu 40 animais silvestres apenas neste ano, em Roraima”, publicada em 5 de novembro de 2013 pelo portal G1

A afirmação do comandante da Cipa é perfeita, pois muita gente aprisiona um animal silvestre acreditando ser uma forma de amar. Essa atitude gera sofrimento para o animal e problemas para os ecossistemas, que precisam que os bichos cumpram suas funções ecológicas (predar, ser presa, dispersar sementes, etc).
Animal em cativeiro é o mesmo que animal morto.

O hábito de manter animais silvestres em gaiolas e correntes alimenta o tráfico de fauna, que, anualmente, retira da natureza brasileira cerca de 38 milhões de animais (estimativa da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres – Renctas, de 2001).

E, por favor, não ache que os 40 animais resgatados pela Cipa é um número expressivo. Pelo contrário. A quantidade é pequena! Se os policiais realmente se empenharem em apreender silvestres mantidos em cativeiro doméstico ilegal, não haveria lugar para receber tantos bichos.

– Leia a matéria completa do portal G1

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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