“A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou 1.540 aves silvestres em abordagem a um veículo Fiat/Doblô no KM 720 da BR 101, Eunápolis, na quarta-feira, 27. Os animais eram transportados sem qualquer documentação legal e de maneira rústica.
Os pássaros encontrados eram de diversas espécies, dentre elas, canários, coleirinha, pássaro preto e um papagaio cabeça vermelha. O motorista, não identificado, de 51 anos, informou que foi contratado para realizar o transporte da cidade de Itabela (675 km de Salvador) até Feira de Santana (109 km de Salvador).” – texto da matéria “PRF resgata cerca de 1.540 aves silvestres em Eunápolis”, publicada em 28 de janeiro de 2016 pelo site do jornal A Tarde (BA)
Feira de Santana (que conta com a vantagem de ser cortada por duas grandes rodovias federais, a BR-101 e a BR-116) e Vitória da Conquista são municípios baianos que estão entre os maiores centros de tráfico de animais silvestres no Brasil. Pelas duas cidades, onde há depósitos que recebem animais de diversas regiões, passam rotas que abastecem a venda para o Sudeste, o Sul e cidades do próprio nordeste. Ao mesmo tempo, nelas também há feiras para o comércio de fauna local.
Já passou da hora de os órgãos de fiscalização do poder público se organizarem e investigarem, com seriedade, o mercado negro de fauna nessas duas cidades. Não estamos aqui pensando em reprimir a venda de animais nas feiras locais. É muito mais que isso.
Já passou da hora de a polícia e o Ibama, com apoio do Ministério Público, investigar os grandes traficantes de fauna, identificando quem são, onde armazenam os bichos, procurando pelos fornecedores e quem os distribuem e por aí vai. É trabalhar pensando em desarticular quadrilha.
A primeira dificuldade para tal grande investigação seria a contradição em investir e articular muita gente nessas operações para, logo depois de prender os infratores, vê-los soltos por causa da fraquíssima legislação.
Uma pena saber que os bandidos continuarão impunes e suas vítimas, os animais, estarão presas em gaiolas e em correntes.
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