“Uma jaguatirica foi encontrada morta por volta das 7h desta sexta-feira (16), na estrada vicinal que liga Sagres à Rodovia Assis Chateuabriand (SP-425), após ser atropelada. Segundo o Corpo de Bombeiros, um motorista que transitava pelo trecho viu o animal caído na pista e acionou a corporação.
Os bombeiros, ao chegarem ao local, encontraram a jaguatirica já sem vida e com a cabeça desfigurada, às margens da vicinal. A Polícia Militar Ambiental informou que não foi acionada, pois o animal já estava morto. Segundo a corporação, nos casos em que o animal está ferido e ainda com vida, os agentes o encaminham para a Associação Protetora dos Animais de Assis (Apaas).
Para o ambientalista Djalma Weffort, o caso é "lamentável" e representa uma grande perda para a fauna regional. “Essa espécie é típica da região do Rio do Peixe, mas de certa forma já está ameaçada de extinção. Já não temos muitos exemplares e uma situação como essa contribui para o desaparecimento da espécie”, explicou ao G1.
Ainda conforme Weffort, as estradas do Oeste Paulista não foram projetadas com alternativas para evitar o atropelamento de animais. “É raro vermos espaços destinados para a travessia de animais pelas rodovias do Oeste Paulista. Outro fator que também contribui para esses acontecimentos é o comportamento agressivo que alguns motoristas possuem e que gera os atropelamentos. Isso é lamentável”, concluiu o ambientalista.” – texto da matéria “Jaguatirica é encontrada morta em estrada vicinal de Sagres”, publicada em 16 de outubro pelo portal G1
A falta de infraestrutura das rodovias que ajudem a evitar atropelamentos de animais silvestres é um dos motivos para a ocorrência de tantas mortes. Sim, tantas mortes… afinal, estimativa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) indica que 475 milhões de silvestres morrem atropelados todos os anos nas estradas e rodovias brasileiras.
E não é só a falta de passagens de fauna, de cercas para impedirem o acesso à pista e conduzirem os animais até as passagens, de sinalização, de radares, etc. Junta-se a tudo isso o desrespeito aos limites de velocidade pelos motoristas, que ainda são muito pouco educados para os impactos que as estradas e o tráfego de veículos causam na vida silvestre.
Quer dizer, o poder público e as concessionárias que administram as rodovias não estão pecando somente pela falta de infraestrutura. Eles estão errando em não conscientizar os motoristas.
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