Ibama: sem estrutura, órgão tem de contar com a boa vontade da população

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
06 de março de 2012
Grande potência econômica mundial, o Brasil não é só contradição pela concentração de renda e suas mazelas sociais. A gestão ambiental também é problemática, resultado da opção do poder público em não investir, por exemplo, em seus órgãos. O Ibama é um exemplo típico: sem recursos humanos e com infraestrutura precária.

Aqui, no Fauna News, mostramos rotineiramente os problemas dos Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres). Vamos agora a outro exemplo:

“Um animal silvestre encontrado por uma artesã em Barreiras, no oeste da Bahia, foi entregue nesta quinta-feira (1), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), depois de nove dias sendo cuidado por ela.

O saruê que foi abrigado pela artesã
Imagem: Reprodução TV Bahia


O animal, um saruê, é da mesma família do gambá, e não pôde ficar na casa da artesã, porque é silvestre. De acordo com a mulher que cuidava do saruê, o Ibama não teve como ir buscar o animal e ela teve que leva-lo de ônibus até a sede do órgão.”
– texto da matéria “Artesã encontra animal silvestre e vai entregá-lo ao Ibama de ônibus”, publicada em 1º de março de 2012 pelo portal G1

A artesã cumpriu seu papel de cidadã. Acolheu o animal, aproveitou para educar seus filhos, e informou o Ibama da necessidade e recolher o saruê.

‘”Liguei para lá [Ibama] na segunda-feira e disseram que tinha uma pesquisa para fazer e não tinha carro para busca-lo. Pedi se eu podia ficar com ele até a quarta-feira e perguntaram se eu estava alimentando ele direito e se eu poderia levara lá [no Ibama]. Eu disse que ia dar um jeito de levar”, disse.’ – texto do G1

E ela deu um jeito. Pegou um ônibus e entregou o animal no Ibama.

Saruê (Didelphis aurita): um tipo de gambá

Foto: Kiki Pinheiro

Até quando essa situação vai continuar?

– Leia a matéria completa do G1 (tem vídeo)

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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