Por Dimas Marques
Editor-chefe
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A equipe do Ibama do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, apreendeu, na quarta-feira, 16 de junho, mil jabutis-piranga (Chelonoidis carbonária) que estavam sendo embarcados para a China. Os répteis estavam sem marcação individual, o que é exigido para animais nascidos em criadouros destinados à comercialização. Entre os espécimes, havia apenas um adulto, que é albino e não constava na documentação de exportação.
Os jabutis saíram em caixas de madeira de um criadouro comercial na Bahia, foram embarcados em Salvador para São Paulo, de onde seriam despachados para a China. Durante a checagem da documentação, a equipe da Unidade Técnica do Ibama no aeroporto verificou que os animais não tinham marcação individual – conforme exigido na Instrução Normativa do Ibama nº 2/2001.
A relação de animais indicava que o carregamento era formado por mil filhotes. Mas, durante a vistoria, foi encontrado um jabuti adulto albino. O criadouro foi multado em R$ 5 milhões. O Ministério Público Federal foi informado do caso por tratar-se de um crime ambiental.
Os animais apreendidos estavam avaliados em R$ 230 mil reais. Eles foram levados para o Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Cras) do Parque Ecológico do Tietê, na capital paulista. O Ibama informou que a falta de marcação impossibilita que o criadouro recupere os jabutis.
De acordo com o Ibama, cada filhote de jabuti é comercializado na China por valores que variam entre 20 e 100 dólares cada. O animal albino custaria, fora do Brasil, cerca de três mil dólares.
