“Sete animais – três jabutis, uma tartaruga, uma cobra naja africana, um gavião e um macaco – foram apreendidos nesta quinta-feira, 3, nas casas de funcionários do Zoológico do Rio de Janeiro. Eles foram indiciados por crime ambiental, pois é proibido manter esses bichos em casa.
Agora, a Polícia Civil investiga se os animais foram retirados do Zoo. Caso isso fique comprovado, os funcionários responderam também por furto. A polícia apura a participação de oito funcionários no esquema, mas admite que pode haver um número maior de pessoas envolvidas.
Em pelo menos um caso, o animal sumiu sem que a jaula onde estava fosse arrombada, o que pode indicar a participação de algum funcionário do Zoo.
A investigação começou a ser realizada pela 17.ª DP (São Cristóvão) com base em denúncias feitas por outros funcionários do Zoo, que relataram o sumiço de animais. A polícia também foi alertada sobre o desaparecimento de alimentos destinados aos bichos.” – texto da matéria “Sete animais são retirados de casas de funcionários do zoo”, publicada em 3 de setembro de 2015 pelo portal Estadão (O Estado de S. Paulo)
Não dá para deixar de lembrar que, em 2004, 73 animais morreram envenenados no Zoológico de São Paulo. Nesse caso a Polícia investigava uma possível retaliação contra a administração da entidade por funcionários que estariam envolvidos com a venda clandestina de animais. Na época, haviam sido implantados sistemas mais rígidos de controle exatamente para evitar tráfico de fauna.
Em 2011, foi a vez do Ibama autuar o Zoológico de Niteroi (ZooNit) em R$ 1,032 milhão pelo sumiço de 490 bichos deixados no local por agentes da polícia florestal da PM. Essa investigação fez surgir o caso da jiboia Princesa Diamante, que foi vendida por US$ 1 milhão pela diretora da instituição, Giselda Candiotto, e seu marido, José Carlos Schirmer, para o norte-americano Jeremy Stone. A cobra tinha a rara característica genética do leucismo, que a deixa com a pele clara e os olhos pretos.
Que o caso envolvendo funcionários do Zoológico do Rio de Janeiro seja bem investigado.