
“A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) resgatou 870 animais silvestres que estavam em condições de maus tratos no município de Euclides da Cunha e cidades vizinhas, na região norte da Bahia. Intitulada de Operação Azul Cobalto, a ação aconteceu entre os dias 21 e 29 de abril.
Segundo informações da PRF, o objetivo da ação era coibir a criação ilegal e o tráfico de animais silvestres, promover ações de educação ambiental durante as fiscalizações, e apreender utensílios e apetrechos utilizados na criação ilegal, na caça predatória e no tráfico de animais silvestres.
Os animais resgatados passarão por uma avaliação de especialistas, sendo adotadas as medidas necessárias para cada caso, com objetivo de restabelecerem condições de serem reintegradas à natureza, com devido monitoramento.
Dentro da ação, a PRF destaca o resgate de um filhote de arara-azul-de-lear, com suspeita de ter sido atingido por disparo de arma de fogo. O animal precisou ser removido de para o CEMAFAUNA, em Petrolina, município de Pernambuco, onde foi submetido a avaliações e passa bem. A espécie está ameaçada de extinção pelo alto valor comercial na rede de tráfico de animais silvestres.” – texto da matéria “PRF e Ibama resgatam 870 animais silvestres na região norte da Bahia”, publicado em 30 de abril de 2016 pelo portal G1
Fiscalização constante é fundamental para combater o tráfico de animais. Mas a repressão tem de ter endereço certo. Vamos explicar…
Os órgãos de fiscalização têm de bater pesado nos traficantes, naqueles que capturam, armazenam, transportam e vendem os bichos. Por isso, gostaríamos muito de ver uma operação com essa mesma envergadura surpreendendo os bandidos profissionais de Feira de Santana e Vitória da Conquista, só para ficar na Bahia, onde a ação da PRF e do Ibama aconteceu.
Ainda falta, para os órgãos de repressão, investimento em inteligência, isto é, em investigação com capacidade de chegar aos graúdos.
Não que a fiscalização deva deixar de lado o cidadão que comprou o animal do traficante. Esse sujeito também tem de ser punido, mas não pode ser o alvo principal das operações repressivas como acontece hoje. Para atingir esse sujeito e diminuir o hábito de criar animal silvestre como bicho de estimação, o poder público tem de atuar com campanhas educativas e de conscientização constantes e em larga escala.
Afinal, o tráfico só existe porque tem gente que compra.
Senhores governantes e gestores públicos da área ambiental, invistam em educação ambiental como forma efetiva de combate ao tráfico de animais. Para a polícia e a fiscalização, que a principal (não a única) preocupação seja com o bandido profissional.
– Leia a matéria completa do portal G1
– Saiba mais sobre o tráfico de animais