Filhotes de papagaio: um presentinho para as crianças

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
03 de outubro de 2013
Animais são, para muita gente, o mesmo que objetos. Preocupação com bem estar do bicho e com a saúde dos ecossistemas não existe.

“Policiais rodoviários federais apreenderam na manhã desta quarta-feira (2) seis filhotes de papagaio próximo a Quatro Pontes, no oeste do Paraná. Os animais silvestres estavam em uma mala no compartimento de bagagem de mão em um ônibus que seguia para Porto Alegre (RS) e foram descobertos durante uma abordagem no posto de fiscalização da BR-163 por volta das 5h30, depois de os agentes ouvirem o som dos pássaros.

Pequenos, sem penas e com os olhos ainda 
fechados: retirados do ninho
Foto: Divulgação Polícia Rodoviária Federal

Um suspeito, de 57 anos, foi preso por tráfico de animais silvestres. Ele disse aos policiais que comprou as aves em  Juti (MS) e as levaria para presentear os filhos que moram em Coronel Vivida, no sudoeste do estado. O homem foi encaminhado para a delegacia da Polícia Civil de Marechal Cândido Rondon e os papagaios encaminhados para a sede da Polícia Ambiental em Santa Helena.” – texto da matéria “Policiais apreendem seis filhotes de papagaio em rodovia do Paraná”, publicada em 2 de outubro de 2013 pelo portal G1

Muita gente condena o tráfico de animais. As pessoas ficam indignadas quando se deparam com cenas de bichos sendo vendidos em acostamentos de rodovias e feiras livres ou quando são divulgadas cenas de apreensões de centenas de aves, muitas desidratadas e famintas, e todas amontoadas em pequenas gaiolas ou caixas.

O que mais surpreende é o fato de que a maioria da população brasileira ainda sustenta esse mercado negro. O fato de comprar o animal parece ser menos errado do que a ação de vender. A falta de sensibilização e de informação das pessoas para o problema permite que a cultura do silvestre como bicho de estimação (principalmente aves em gaiolas) continue sólida.

A atitude desse homem de 57 anos, surpreendido com os presentinhos para seus filhos, é um exemplo disso. Enquanto houver gente querendo comprar, haverá gente disposta a capturar e vender.

Resta agora, para os sete papagaios filhotes, a luta pela vida. Com muita sorte serão inseridos em algum programa decente de reabilitação e reintrodução à vida livre. Voltar ao Mato Grosso do Sul, provavelmente nunca mais.

– Leia a matéria completa do portal G1

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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