Jadielly Pinheiro
Reportagem
Nascida em Tangará da Serra (MT), é jornalista em formação pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).
Depois de 20 dias na praia de Siriú, em Garopaba (SC), o elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina) fêmea que deu à luz e amamentou seu filhote retornou para o mar sozinha em 31 de outubro. O pequeno animal permanece na região, onde está sendo monitorado por equipes do Ibama e do ICMBio. A situação é considerada normal.
A fêmea de elefante-marinho-do-sul chegou na praia em 11 de outubro. O nascimento do filhote, apelidado de Siriuzinho, foi o primeiro da espécie registrado no Brasil. Durante os 20 dias em que permaneceu com o filhote, o animal somente amamentou e, por não se alimentar, chega a perder até 10 quilos por dia.
O retorno ao mar sem o filhote é um comportamento normal para a espécie. De acordo com o Ibama e o ICMBio, nos próximos dois meses, o pequeno elefante-marinho-do-sul ficará na região da praia até decidir seguir para o mar. Nesse período ele perderá peso e trocará de pelagem.
Os órgãos ambientais fornecido as seguintes orientações:
O elefante-marinho-do-sul é um mamífero pertencente à família Phocidae e tem esse nome popular devido que os machos possuem uma proeminência nas narinas, uma probóscide, que lembra a tromba dos elefantes. Essa espécie de elefante marinho se distribui pelas águas geladas próximo da Antártica e Argentina.
O Brasil está fora das rotas migratórias da espécie e longe das áreas tradicionais de reprodução. “Chama atenção esse nascimento em ano de tantas emergências ambientais, podendo ser um indicativo de que as mudanças climáticas, além de afetarem os ambientes, estão modificando áreas de ocorrência das espécies”, destaca a coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio), Fábia de Oliveira Luna.