Festival de Parintins está chegando: cuidado com o tráfico de partes de animais

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
18 de junho de 2014
Está chegando o Festival de Parintins (AM), uma das mais belas festas folclóricas do país. Anualmente, no último fim de semana de junho, os aficionados pelos bois Caprichoso e Garantido se apresentam no Bumbódromo, mostrando lendas, costumes e diversos outros aspectos da cultura local.

A festa começou em 1965 e cresceu tanto que passou a ser uma das grandes atrações turística do Brasil. Suas alegorias e fantasias são extremamente bem feitas e luxuosas e consomem há anos partes de animais silvestres, como penas. Por esse motivo, o Ibama passou a fiscalizar os trabalhos dos bois concorrentes, bem como o comércio ilegal de animais silvestres e suas partes (penas, garras, dentes, couro, etc.), nas ruas e estabelecimentos de Parintins.

“Combater o uso de subprodutos da fauna silvestre amazônica na confecção de artesanatos como penas, plumas, peles, ossos, escamas, olhos, couros e dentes passou a ser a partir do dia 10, o foco da campanha “Não tire as penas da vida” desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ação de conscientização, amparada na Lei de Crimes Ambientais 9605/1998, é feita em Parintins desde 2002 no período do festival folclórico.

Ibama intensifica fiscalização em Parintins
Foto: divulgação Ibama


Restaurantes, mercados e feiras da cidade serão alvo das fiscalizações dos agentes do Ibama, com apoio da Polícia Ambiental, por causa do comércio ilegal de animais silvestres ameaçados de extinção, como quelônios (tartaruga, tracajá), peixes protegidos por lei (pirarucu sem origem legal e tambaqui abaixo de 55 centímetros), carnes de caças (cotia, capivara, tatu, porco do mato). O Ibama vai monitorar embarcações no rio Amazonas e na chegada nos portos da cidade.

Outros pontos de fiscalização são o aeroporto Municipal Júlio Belém, galpões e ateliês de fantasias dos bumbás. Em maio deste ano, os bois Caprichoso e Garantido assinaram termo de compromisso perante o Ministério Público Estadual (MPE) e Ibama no qual se comprometem evitar uso de subprodutos da fauna. Os bumbás também receberam orientações do Ibama quanto a questão da destinação dos resíduos sólidos produzidos ao longo do processo de confecção dos projetos de arena.” – texto da matéria “Ibama declara guerra contra produtos feitos com subprodutos de animais”, publicada em 15 de junho de 2014 pelo site Repórter Parintins

Material alternativo (que não é de origem animal) para a confecção de fantasias e alegorias já existem no mercado. Falta comprometimento dos integrantes do Caprichoso e do Garantido, afinal há 12 anos o Ibama fiscaliza o trabalho deles.

Para a população que comercializa e compra artesanato feito com partes de animais silvestres falta uma campanha permanente de conscientização.

– Leia a matéria completa do Repórter Parintins

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Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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