Por Andreas Kindel
Biólogo, professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias da mesma universidade (NERF-UFRGS)
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Por iniciativa do Centro Brasileiro de Estudos de Ecologia de Estradas (CBEE) e com participação na sua elaboração de técnicos de inúmeras instituições públicas e privadas, governamentais e não-governamentais, acaba de ser lançado o Sumário Executivo da Estratégia Nacional para Mitigação de Impactos da Infraestrutura Viária na Biodiversidade. Para ser mais preciso foram 18 instituições e 50 técnicos que elaboraram um instrumento que enumera 40 ações, distribuídas em seis eixos temáticos (pesquisa, políticas públicas, gestão da informação/conhecimento, educação ambiental, capacitação e comunicação) a serem desenvolvidas ao longo dos próximos seis anos.
Junto com o lançamento do documento, foi lançada a interface de comunicação do projeto com a sociedade, que permite além da consulta a cada uma das ações programadas e o contato com seus articuladores, o acompanhamento da evolução da implantação do plano e a integração de novos atores ao processo. Essa incorporação de novos atores pode ocorrer por dois mecanismos: a participação de indivíduos e/ou instituições como colaboradores de ações ou a participação de instituições como apoiadores da iniciativa.
Esse último aspecto merece um destaque especial: embora tenha contado com apoio inicial do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e financiamento da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, essa é uma iniciativa genuinamente da sociedade civil organizada. O planejamento foi concebido e executado pelo CBEE, seu conteúdo elaborado com a contribuição de um grande número de instituições e é chancelado por um outro conjunto de instituições que acreditam na sua relevância e exequibilidade.
Não deixe de dar uma olhada na página da iniciativa! Apoie institucionalmente e, caso queira colaborar em alguma ação, entre em contato com o seu articulador.
Pela primeira vez temos um instrumento de abrangência nacional que nos permite atuar coordenadamente e, em no máximo seis anos, identificar o quanto avançamos na compreensão e mitigação dos impactos dessas infraestruturas.