“A Guarda Metropolitana Ambiental de Palmas resgatou quatro filhotes de emas na manhã desta segunda-feira (15), na região sul da capital. Segundo informações da Secretaria Municipal de Comunicação, três machos e uma fêmea de aproximadamente um ano, eram criados em cativeiro em uma chácara. Uma denúncia anônima levou a guarda até o local.
Ainda segundo o órgão, o proprietário da chácara, Pedro Marcelino Pinto, foi encaminhado para a Delegacia do Meio Ambiente para prestar esclarecimentos. De acordo com ele, os ovos dos animais foram adquiridos em Lagoa da Confusão, a 190 km de Palmas. Ele afirma ainda que não sabia que a criação dos animais em cativeiro era crime.” – texto da matéria “Após denúncia, filhotes de ema são resgatados de cativeiro em Palmas”, publicada em 15 de junho de 2015 pelo portal G1
O comércio ilegal de ovos é uma das faces do tráfico de animais. Tem sido bastante comum esse tipo de crime para a exportação de papagaios e araras para Portugal, ponto de entrada dos animais para o mercado europeu. Mas o caso abordado pelo G1 mostra que o problema também ocorre no mercado interno.
Com certeza seria bastante difícil para o proprietário da chácara transportar emas vivas. O risco de ser pego em alguma fiscalização, mesmo que pequeno pela fraca atuação do poder público, ainda é maior do que se o comércio envolver ovos.
Uma fração do tráfico de fauna ocorre por pessoas que querem embelezar suas chácaras, sítios ou casas de campo. No lugar de investir em plantar árvores que atraiam as aves ou outros animais para suas propriedades, essas pessoas preferem cria-las em cativeiro.
Por que será que essas pessoas acham que animais atrás de grades ou cercas, dentro de gaiolas ou viveiros, ou ainda acorrentados são mais bonitos que livres na natureza. Essas pessoas têm um perfil egoísta que causa danos ao meio ambiente, sofrimento ao bicho e problemas à saúde pública.
O pior é alegar desconhecimento da ilegalidade de seu ato. Cara de pau.