É na Argentina, é no Brasil, é no mundo todo. Apressados matam animais nas estradas

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
15 de outubro de 2013
“A Rodovias Nacionais Nº12, que vai do Uruguai até a Argentina, e Nº101, que passa pela Nº12 já na Argentina, apresentam grande perigo aos animais que vivem perto de seu trajeto. No último ano foram contabilizadas 3 mil mortes de animais da fauna local com destaque para duas onças-pintadas, espécie em extinção, que foram atropeladas por automóveis em alta velocidade.

Onça-pintada atropelada na Argentina
Foto: Reprodução/Anda

É por este motivo que um grupo de ONGs composto pela Fundación Red Yaguareté e Fundación Banco de Bosques, denominado “ONGs juntas por rutas seguras para la fauna silvestre” abriu uma petição no site Change que pretende diminuir o limite de velocidade para as rotas que mais matam animais na Argentina.” – texto da matéria “Onças-pintadas são atropeladas em rodovias na Argentina”, publicada em 14 de outubro de 2013 pela Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda)

O excesso de velocidade (não necessariamente a velocidade permitida para a via) é um dos grandes vilões responsáveis pela matança de animais silvestres nas estradas e rodovias.

O biólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Andreas Kindel, afirma que um estudo realizado na Austrália sugere que uma redução de 20% na velocidade diminui em 50% a mortalidade de animais atropelados em estradas. Os motoristas são as principais peças para serem trabalhadas em qualquer projeto de objetive a redução do conflito entre veículos e a fauna silvestre. O pesquisador é coautor do Conecte – Guia de Procedimentos para Mitigação de Impactos de Rodovias sobre a Fauna. A obra, publicada na internet (www.lauxen.net/conecte), é uma síntese do atual conhecimento sobre os impactos na fauna e sobre como reduzir danos.

O que está acontecendo nas estradas Argentinas ocorre em todo o mundo. Inclusive no Brasil, onde estimativa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia das Estradas (CBEE), ligado à Universidade Federal de Lavras (UFLA), indica que 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados nas estradas brasileiras anualmente.

Massacre.

– Leia a matéria completa da Anda

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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