
“Um levantamento divulgado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) nesta terça-feira (30) indica que o estilo de vida dos humanos tem impactado diretamente os ecossistemas e a vida selvagem do planeta. As populações de vertebrados silvestres, como mamíferos, pássaros, peixes, répteis e anfíbios, sofreram uma redução de 60% entre 1970 e 2014 devido à ação humana.
O 'Relatório Planeta Vivo' é baseado no acompanhamento de mais de 16.700 populações de 4 mil espécies, utilizando câmeras, análise de pegadas, programas de investigação e ciências participativas.
(…) O Brasil é destaque no relatório. A floresta amazônica se reduz cada vez mais, do mesmo modo que o Cerrado, diante do avanço da agricultura e da pecuária.
Por ano, uma área equivalente a 1,4 milhão de campos de futebol de área verde desaparecem do mapa por causa do desmatamento. Já as áereas de pastagens abandonadas em todo o país por quem cria gado equivalem a duas vezes o estado de São Paulo – 50 milhões de hectares, segundo o estudo.
"Se chegarmos a 25% do desmatamento da Amazônia – e já estamos em 20% – a gente já vai chegar ao chamado ponto sem retorno, a gente não vai conseguir recuperar o equilíbrio da floresta amazônica. Estamos perto deste limite", diz Gabriela Yamaguchi, diretora de engajamento da WWF Brasil em entrevista ao Bom Dia Brasil.
(…) Sem florestas, os animais, como tatu-bola, correm o risco de extinção. Mas, os cuidados com a preservação indicam que é possível reverter quadros, como o da população de onças pintadas, que teve a população recuperada em 30%.
O declive da fauna afeta todo o planeta, com regiões especialmente prejudicadas, como os Trópicos. Na área do Caribe e América do Sul, os dados apontam um quadro "aterrador": um declive de 89% em 44 anos.” – texto da matéria “Terra perdeu 60% de seus animais silvestres em 44 anos, diz relatório”, publicada em 30 de outubro de 2018 pelo portal G1
O Fauna News aborda exatamente algumas das principais causas dessa redução drástica e cruel de animais silvestres: tráfico de fauna, caça e atropelamentos em estradas, rodovias e ferrovias. Alia-se a tudo isso, a devastadora perda de habitat pelo avanço de fronteiras da agricultura e pecuárias, a urbanização sem controle e o lixo e a poluição do ar e das águas que matam milhões de espécimes.
Nosso modo de vida é responsável por tudo isso.
Nosso modo de vida não vai eliminar exclusivamente as outras espécies. Sem elas, morremos.
Só um exemplo: para termos água, precisamos de florestas, que só existem se houver animais nelas.
Pra pensar. Dependemos.
– Leia a matéria completa do portal G1
– Leia o relatório de WWF