Começar a semana pensando…

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
06 de fevereiro de 2012
…sobre um péssimo gosto. Isso não é moda nem tendência.

“Foi uma denúncia anônima que levou a Polícia Militar Ambiental de Rio Preto à oficina clandestina em Nova Granada que confeccionava objetos com produtos da fauna silvestre, sem autorização do órgão ambiental. Peles e couros de jacaré, onça-pintada, sucuri, jiboia, jaguatirica e de outros bichos silvestres foram transformados em bolsas, cintos, botas, sandálias e chapéus femininos, e crânios de veado, serpente e de ave tornaram-se adornos. Dentre os produtos apreendidos, chamaram a atenção 30 couros, 3 crânios, 3 pares de sapato e 13 cartuchos intactos de vários calibres de espingardas de caça. O dono da oficina responderá pelo crime do artigo 29 da Lei 9.605/98, cuja pena é de detenção de seis meses a um ano e contra ele foi elaborado um Auto de Infração Ambiental com multa de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Todos os objetos e produtos da fauna silvestre que estavam em seu poder foram apreendidos. O proprietário do estabelecimento clandestino explicou que as peles e couros foram retirados de animais abatidos no pantanal matogrossense.” – texto da matéria “PM descobre oficina que utilizava produtos silvestres sem autorização”, publicada em 3 de fevereiro de 2012 pelo site do Jornal Cidade (de Rio Claro, interior de São Paulo)

Peles apreendidas em julho de 2010

Foto: Divulgação Polícia Federal

Assim como acontece com traficantes de animais vivos, o dono da oficina responderá pelo crime em liberdade que, beneficiado pela lei, deverá fazer um acordo para não ser processado criminalmente e pagará cestas básicas ou fará algum trabalho comunitário.

Lei fraca. Lamentável.

Oura coisa que me chama a atenção é o fato de os animais abatidos (incluindo a ameaçada onça-pintada), segundo o próprio acusado, são do Pantanal. O Pantanal está virando área de safári para caça? Afinal, é sabido que fazendeiros – como Beatriz Rondon, do Mato Grosso do Sul, que foi filmada durante caçadas a felinos – incentivam essa prática criminosa para turistas bandidos.

– Leia a matéria completa do Jornal Cidade
– Releia “Safari para caçar onças no Pantanal: um crime que poderá ter punição branda”, de 10 de maio de 2011 (sobre as caçadas no Pantanal) – com vídeo

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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