O tráfico de partes de chifres de animais não é comum no Brasil. Mas, na África e Ásia, o mercado negro de chifres de rinocerontes tem promovido uma enorme matança desses grandes mamíferos. Vale lembrar que o pó do chifre de rinoceronte é considerado remédio em países como Vietnã e China, apesar de ser feito da mesma proteína de nossas unhas, e seu quilo custa mais que o quilo do ouro.
Por ser incomum no Brasil, uma apreensão de chifres no Rio Grande do Sul chamou a atenção esta semana:
“O Ibama de Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul, fez uma apreensão inusitada na unidade de distribuição dos Correios da cidade na manhã desta segunda-feira (3). Uma encomenda tinha 12 pares de chifres de animais exóticos. As peças estavam em uma caixa e foram identificadas por um sistema de raio X.
Segundo o Ibama, não foi possível identificar de quais animais os chifres foram retirados. A encomenda veio de Tel Aviv, em Israel, e estava inicialmente enderaçada para o Mato Grosso. De lá, foi reencaminhada para um homem do bairro Cohab, na cidade de Tapera, também no Norte gaúcho. Antes de chegar ao destino, porém, passou pelo sistema de rastreamento de Passo Fundo.
Agora, os chifres vão ser levados ao hospital veterinário da Universidade de Passo Fundo para ver se é possível identificar os animais. As peças têm entre 20 cm e 50 cm. O remetente e o destinatário podem ser responsabilizados por tráfico internacional de animais. A caixa também vai ser periciada, já que houve alteração da embalagem para tentar esconder o nome de quem mandou a encomenda com os chifres.” – texto da matéria “Ibama apreende chifres de animais enviados pelos Correios no RS”, publicada em 3 de julho de 2015 pelo portal G1
Que o Ibama, a Polícia Federal e as autoridades aduaneiras trabalhem juntas para identificar o importador, o exportador e o motivo da importação.