Cabeça de onça: o troféu da crueldade

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
03 de agosto de 2011
“O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou em R$ 5 mil, no último sábado, um fazendeiro de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, por exibir uma cabeça de onça ameaçada de extinção como troféu.

O homem, que é dono de uma fazenda de gado no município, cortou a cabeça do animal e a manteve exposta como troféu na entrada de sua propriedade.” – texto da matéria “Ibama multa fazendeiro por exibir cabeça de onça no PA” publicado em 29 de julho de 2011 pelo site Estadao.com.br


A cabeça da onça-preta

Foto: Rogério Melo/Ibama

Existem algumas instituições – como o Instituto Onça-Pintada e seu projeto Onça-Social – que percorrem propriedades rurais orientando fazendeiros a não abater os felinos que atacam o gado. Em muitos casos, quando uma onça mata um boi, por exemplo, o dono do animal é ressarcido.

Mas o conflito onça-pecuarista ainda persiste e é forte. Basta lembrar que, para surpresa de muita gente, a pecuarista Beatriz Rondon – acusada de promover safaris para caça de onças em sua propriedade no Pantanal – atuava desde 2001 em parceria com a ONG WWF-Brasil e o Projeto Onça-Social

É de Beatriz a declaração no vídeo promocional das caçadas em sua fazenda: “Era uma grande fêmea, muito bonita, que estava comendo minhas vacas aqui”.
Essa história ainda pode piorar. Quer saber como?

“Além da multa do Ibama, o responsável pelo crime ambiental poderá ser condenado de seis meses a um ano de prisão pela Justiça.” – texto da matéria do site Estadao.com.br

Se houver condenação a ridícula pena para esse crime, classificado como de “menor potencial ofensivo”, será revertida em cesta-básica ou atividade comunitária…

– Leia a matéria do Estadao.com.br “Ibama multa fazendeiro por exibir cabeça de onça no PA” publicada em 29 de julho de 2011.
– Releia a matéria do Fauna News “Safari para caçar onças no Pantanal: um crime que poderá ter punição branda”, de 10 de maio de 2011.
– Conheça o Instituto Onça-Pintada.

Reveja o vídeo sobre os safaris para caçar onças no Pantanal:

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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