Aves, armas e drogas. Tudo junto e misturado no submundo do crime

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
28 de março de 2013
Depois do caso da jaguatirica apreendida com suspeitos de tráfico de drogas em São Luís, no Maranhão, publicado pelo Fauna News em 26 de março de 2013 no post “Jaguatirica e cocaína”, agora é a vez de aves estarem no mesmo ambiente de armas e entorpecentes.

“Duzentas e setenta e oito aves foram apreendidas, nesta terça-feira (26), em um imóvel localizado no bairro do Curado II, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Os animais mantidos em cativeiro foram encontrados em operação realizada pela Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma). Nas buscas, os policiais detiveram uma mulher de 42 anos, que guardava três armas e pequenas quantidades de crack e maconha.

Parte das aves apreendias em Pernambuco
Foto: Divulgação Cipoma

Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar, a mulher vendia as aves em feiras de rua nos finais de semana. Com ela, foram apreendidos dois revólveres calibres 32 e 38, além de uma pistola 380. Policiais do 6º Batalhão e do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) também participaram da ação.” – texto da matéria “Polícia apreende 278 aves mantidas em cativeiro em casa de Jaboatão, PE”, publicada em 26 de março de 2013 pelo portal G1

Na apreensão de Recife, ficou claro que os animais eram mercadorias – no caso da jaguatirica, o animal aparentemente era criado como bicho de estimação. Vale repetir o publicado no post da jaguatirica:

“Como os métodos para traficar drogas e animais (os utilizados como bichos de estimação, principalmente) são semelhantes e as rotas coincidem, há muitas quadrilhas que atuam nos dois ramos do crime. De acordo com a Renctas, em 2001 havia entre 350 e 400 quadrilhas organizadas no comércio ilegal de fauna silvestre, sendo que, desse total, cerca de 40% possuem ligação com outras atividades ilegais.”

E, assim como ocorre com o tráfico de drogas, a repressão não acabará com o mercado ilegal de animais. Em ambos os casos, ações para a redução da demanda são essenciais. No caso dos animais, educação ambiental é necessária.

– Leia a matéria completa do G1
– Releia “Jaguatirica e cocaína”, publicado pelo Fauna News em 26 de março de 2013

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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