Atropelamentos de animais silvestres em estradas: sofrimento além da fauna

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
03 de maio de 2013
“Morreu no final da tarde de ontem (30), em Dourados, uma das vítimas do acidente na rodovia MS-276, ocorrido na segunda-feira (29). A bióloga Maria Alice Silvestre, de 27 anos, estava internada no hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ela estava grávida de 7 meses.

Ela era passageira de uma Land Rover, que caiu em uma ribanceira localizada no trecho entre Batayporã e Anaurilândia, próxima à ponte do Córrego Combate. O veículo era conduzido pelo marido dela, Vitor Quirolli.

Land Rover onde estava a bióloga
Foto: Acácio Gomes/Nova News


(…) Segundo o Boletim de Ocorrência, eles voltavam de Assis, cidade do interior de São Paulo, quando uma anta cruzou a pista. Para evitar o atropelamento, Vitor desviou do animal, mas acabou perdendo o controle do veículo, que capotou e caiu em uma ribanceira.”
– texto da matéria “Bióloga, 27 anos e grávida de 7 meses, morre após acidente causado por anta”, publicada em 1º de maio de 2013 pelo Campo Grande News

Normalmente, os casos de acidentes em estradas envolvendo fauna silvestre culminam com a morte do animal. Milhões de bichos morrem no Brasil, todos os anos, nesses acidentes.

Além do prejuízo à biodiversidade, a falta de infraestrutura das estradas para evitar os atropelamentos de animais e a ausência de investimentos em campanhas educativas para os motoristas também causam vítimas humanas. Em menor número, mas gente também está morrendo em virtude desses acidentes.

A preocupação do poder público com os atropelamentos de animais em rodovias e suas consequências é recente. Os processos de licenciamentos de estradas já exigem cuidados especiais com a fauna e, desde 2011, iniciou-se um programa de adequação ambiental das BRs antigas.

Estruturas para evitar a travessia dos animais ou que garantam travessias seguras, além de campanhas educativas para os motoristas, evitam que vidas – humanas e não-humanas – corram riscos.

– Leia a matéria completa do Campo Grande News

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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