Atropelamento de fauna: quantidade nem sempre é importante

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
13 de janeiro de 2014
“De acordo com levantamento da organização não governamental (ONG) Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar ‘Apoena’, morrem dois animais silvestres atropelados por mês na estrada vicinal Prefeito Élio Gomes, em Presidente Epitácio, que corta a Reserva Florestal do Córrego do Veado. Segundo o presidente da entidade, o ambientalista Djalma Weffort, o número pode parecer pequeno, mas é relevante, pois se tratam de espécies nativas e, algumas, em extinção.

Jaguatirica morta em estrada de Presidente Epitácio (SP)
Foto: Djalma Weffort/Apoena

Ainda de acordo com a Apoena, já foram registradas mortes de cervo-do-pantanal, criticamente ameaçado no Estado de São Paulo, cachorro-do-mato, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, macaco-bugio, mão-pelada (guaxinim), tatu, lebrão, jibóia e jaguatirica. “A tendência é de que estes números cresçam, já que as boas condições da pista fizeram com que os condutores dirigissem em velocidades mais altas”, declara Weffort.” – texto da matéria “Dois animais silvestres morrem por mês em estrada no Córrego do Veado”, publicada em 13 de janeiro de 2014 pelo portal G1

Veado atropelado
Foto: Djalma Weffort/Apoena

A declaração de Weffort no final do primeiro parágrafo é de extrema importância. A maior parte dos levantamentos de atropelamentos de animais ganha destaque pela quantidade. Em seguida, se analisam as quantidades de cada espécie, dando novamente destaque para aqueles que são mais vitimados.

Mas toda quantidade é relativa. Dependendo da população local da espécie, o número de mortes por atropelamento por ser ou não representativa. Por exemplo, em uma população de 10, a perda de 5 representa 50%. Já em uma população de 100, 20 atropelados são 20%.

E isso deve pesar na análise dos atropelamentos envolvendo o ameaçado cervo-do-pantanal.

Apesar de toda a vida ser importante e ter seu valor, nem sempre a quantidade é um indicativo da dimensão do problema.

– Leia a matéria completa do G1

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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