Por Dimas Marques
Jornalista, pesquisador do Diversitas-USP e editor responsável do Fauna News
dimasmarques@faunanews.com.br
Atropelamentos de aves é mais comum do que se imagina. Muitas são atingidas por veículos ao tentarem, durante voo, atravessar as rodovias. Esse tipo de caso parece mais raro pelo fato de o animal cair fora da pista ou ser pequeno, o que dificulta ser visto.
Veja o que aconteceu com uma arara-canindé, no Mato Grosso do Sul:
“Uma arara-canindé ficou ferida depois de ser atropelada por uma carreta na quarta-feira (5), na BR-060 em Sidrolândia, a 64 km de Campo Grande. O acidente foi presenciado por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que socorreu a ave e encaminhou para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras).
Segundo o inspetor da PRF Tércio Baggio, a arara saiu da vegetação às margens da rodovia e foi atingida pela carreta ao tentar atravessar a pista.
"A arara sai da vegetação e faz um mergulho na rodovia para depois começar a voar mais forte, um pouco mais alto, e, nesse mergulho, uma carreta vinha passando e, como a carreta é alta, pegou bem no parabrisa e acertou a ave. Visualizamos a situação e realizamos o resgate", explicou ao G1.
Ainda segundo Baggio, as araras são comuns nessa região e a ave atropelada não aparentava ser adulta. O animal será tratado no Cras e, devolvido à natureza, se conseguir se recuperar.” – texto da matéria “Arara-canindé é atropelada por carreta ao dar rasante em rodovia de MS”, publicada em 6 de abril de 2017 pelo portal G1
O final da matéria deve ser destacado. Apesar de ter sobrevivido, a arara corre risco de não voltar à vida livre. Nesse caso, o animal pode permanecer em cativeiro para sempre, deixando então de cumprir suas funções ecológicas: predar ou ser predada, espalhar sementes pela mata, se reproduzir e ajudar a manter o nível populacional de sua espécie, etc. Fora da natureza é, praticamente, o mesmo de ter sido morta.
– Leia matéria completa do G1
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