
Indaiatuba, interior de São Paulo:
“Três aranhas foram encontradas nesta quinta-feira (4) dentro de uma encomenda a Central de Distribuição dos Correios, em Indaiatuba. As aranhas foram encontradas dentro de uma caixa de isopor sem remetente ou destinatário, segundo a ONG Mata Ciliar. A ONG foi chamada para atender o caso.
As três aranhas estavam separadas em caixas menores dentro da caixa de isopor. Uma delas era grande e outras duas pareciam ser filhotes. Dentro das caixas foi colocado um pano de algodão molhado, para servir como fonte de água.
Segundo biólogos da Mata Ciliar, quando a caixa de isopor passou pelo scanner dos Correios, os funcionários viram que se tratavam de animais silvestres. A suspeita é que a aranha adulta seja uma caranguejeira amazônica.
Já a espécie das aranhas filhotes ainda não foi identificada. A Mata Ciliar disse ainda que as aranhas vão passar ainda por uma triagem completa e devem ficar recolhidas por até 40 dias. Depois elas receberão a destinação mais adequada.
CORREIOS
Os Correios afirmaram que nos casos de transporte de material proibido, a empresa retém o objeto e informa o órgão competente. Por isso, a secretaria do Meio Ambiente de Indaiatuba foi acionada. Como o assunto tem a ver com a segurança postal, os Correios não divulgam detalhes, como o remetente e o destinatário da encomenda.” – texto da matéria “Aranhas são encontradas em caixa sem remetente nos Correios”, publicada em 4 de outubro de 2018 pelo site A Cidade On (Campinas – SP)
Aracnídeos, insetos, répteis e anfíbios são bastante capturados na natureza por causa das substâncias que produzem (peçonhas, conhecidas como veneno, mucos, etc.). Esse material, em geral, é utilizado em pesquisa de laboratórios farmacêuticos ou já na fabricação de remédios. Há um mercado ilegal intenso nessa área.
Mas há também uma demanda por aranhas para serem criadas como bichos de estimação. E as caranguejeiras, por serem grandes e pouco agressivas, são as principais vítimas desse comércio ilegal.
Se as autoridades realmente se empenharem, não será difícil identificar o remetente da encomenda. Será que vão investir em uma investigação que, com certeza, por conta da fraca legislação brasileira, não renderá punição ao infrator?