“Um apito instalado em veículos pode ser a solução para a redução do número de atropelamentos de animais que atravessar a rodovia de acesso ao Parque Nacional Iguazú, no lado argentino da fronteira com Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Em um ano, foram registrados 500 casos de animais feridos ou mortos ao tentarem cruzar um trecho de 30 km de acesso à unidade de conservação.
Apesar de a estrada ser bem sinalizada em com limite de velocidade reduzido – que varia de 40 a 60 km/h -, nem todos os motoristas respeitam as regras. Segundo os especialistas que estão testando a ideia, as principais vítimas de atropelamento são as raposas, ouriços, tamanduás, quatis, jaguatiricas e até onças.
Por enquanto, os pares de apitos – um com som agudo e outro, grave – foram instalados em 30 táxis que diariamente transportam turistas e visitantes para a reserva. Quando o veículo atinge a velocidade de 40 km/h ou mais, o dispositivo produz um som em uma frequência que pode espantar os animais como vacas, cavalos, cerdos e cachorros.
Relatórios preenchidos pelos motoristas devem ajudar na avaliação do projeto. Com a experiência, os pesquisadores querem estudar a reação dos animais que vivem na região. O levantamento vai durar quatro meses. E, se der resultado, os apitos devem ser instalados em todos os veículos que fazem o transporte de turistas.
(…) Do lado brasileiro, a experiência foi inicialmente testada em 2013. Na época, os resultados apontaram que 70% dos animais fugiram ao ouvir o apito. A previsão é que até o fim de setembro, o dispositivo seja instalado em todos os ônibus do parque que abriga as Cataratas do Iguaçu e nas vans do hotel que fica dentro da reserva.” – texto da matéria “Apitos instalados em veículos podem evitar o atropelamentos de animais”, publicada em 2 de setembro de 2015 pelo portal G1
A notícia foi publicada há algum tempo, mas a iniciativa inovadora deve ser destacada. É preciso penar que, às vezes, as ferramentas mais simples e baratas obtêm bons resultados. É, aparentemente, o caso dos apitos.
Vale destacar que esses atropelamentos estão acontecendo dentro de unidades de conservação ou muito próximas a elas. Mas deve também ser lembrado que a redução efetiva da quantidade de atropelamentos depende de um conjunto de medidas, que envolve a construção de passagens de fauna, cercas e mata-burros, a instalação de radares, fiscalização eficiente e campanhas de conscientização dos motoristas.
Bem-vindo apito! Que se espalhe a notícia…