
“Policiais militares do Pelotão de Polícia Ambiental (PPAmb) apreenderam na tarde de anteontem dezenas de jabutis e nove pássaros silvestres que estavam dentro de uma empresa de entulho localizada no bairro 18 do Forte, zona norte da capital. Os policiais receberam a denúncia sobre o cativeiro e uma equipe foi encaminhada até o local indicado e já na fachada da empresa foram encontrados cinco pássaros silvestres.
Dentro do estabelecimento os policiais ainda encontraram 28 jabutis e quatro aves escondidas, sendo um papagaio, uma arara-azul e dois periquitos. Durante conversa com uma funcionária da empresa, a equipe descobriu que os animais pertenciam ao proprietário do local e negou que os animais estavam sendo vendidos, aferindo que o proprietário os criava apenas como hobby.” – teto da matéria “PM apreende jabutis e pássaros silvestres no 18 do Forte”, publicada em 1º de outubro de 2014 pelo sito do Jornal do Dia, de Aracaju (SE)
O hábito de criar animais silvestres como bichos de estimação no Brasil é antigo, resultado da mistura da cultura europeia com costumes indígenas. O resultado é uma grande pressão aos ecossistemas pela retirada dos bichos de seus hábitats, sofrimento dos bichos por viverem em locais inadequadas e com dietas erradas e a disseminação de doenças (mais de 180 zoonoses já foram identificadas) entre a população.
O caso de Aracaju tem de ser melhor investigado, afinal não é comum que criadores ilegais domésticos mantenham tantos animais. Será que não há venda como foi relatado?
Mesmo se o caso for considerado como uma criação doméstica ilegal, a situação mostra-se grave, sintoma da total falta de uma política de educação ambiental que aborde fauna silvestre. O poder público é omisso e, por sua omissão, incentiva tais práticas.
– Leia a matéria completa do Jornal do Dia