Por Dimas Marques
Editor-chefe
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“Um homem de 37 anos comprou uma jiboia para livrá-la de maus tratos e depois a entregou à Patrulha Ambiental, no Rio de Janeiro.
De acordo com a Prefeitura do Rio, o cidadão passava pelo local, próximo ao Morro do Cajueiro, na Zona Norte, quando viu a cobra de 2 metros ser agredida a pau por dois homens.
Ele ofereceu R$ 100 pela cobra, para livrá-la dos maus tratos e, em seguida, procurou uma das bases da Patrulha Ambiental, localizada no Parque Natural Municipal do Marapendi, no Recreio, para entregar o animal aos agentes ambientais.
Segundo a Prefeitura, o homem, que é carpinteiro profissional, ficou revoltado com a agressão ao animal, mas preferiu, ao invés de discutir com os agressores, oferecer dinheiro como forma de tirá-la rapidamente do local.
“As pessoas precisam entender que esses animais são nossos parceiros, eles preservam as matas e florestas para que tenhamos qualidade de vida nas cidades”, afirmou.
A jiboia entregue na base da Patrulha Ambiental será levada para o Centro de Recuperação de Animais Silvestres da Universidade Estácio de Sá, em Campo Grande, para receber cuidados veterinários por um ferimento próximo à boca. Depois, a cobra será devolvida à natureza.” – texto da matéria “Homem compra jiboia para livrá-la de pauladas e entrega a agentes no Rio”, publicada em 15 de julho de 2020 pelo portal UOL
A notícia tem dois aspectos a serem observados: um ruim e outro bom.
O ruim é a imagem negativa que cobras ainda têm na sociedade. E isso é histórico, afinal à serpente é associado a tentação que causou a expulsão de Adão e Eva do Éden, no livro Gênesis da Bíblia. Por conta desse valor cultural, esses animais sofrem quando ocorrem encontros com humanos.
Foi o que aconteceu no Rio de Janeiro.
Felizmente, temos o aspecto bom. Que pode ter sido motivado por empatia ou, simplesmente, respeito pelas outras formas de vida. E tais sentimentos estavam personificados em um carpinteiro, que com sua ação salvou mais que a vida de um animal. Nos deu um exemplo.
Jesus, antes de sair em pregação aos 30 anos, dizem que trabalhava em quê?
Quanta coincidência.