Onça-pintada na Argentina: uma espécie muito perto do fim

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
12 de outubro de 2011
A região das Missões jesuíticas abrangia partes do Sul do Brasil, Argentina e Paraguai. No século 17, não era incomum os padres jesuítas relatarem encontros com jaguares (onças-pintadas). Em um desses encontros, descrito no livro Jaguar, de Evaristo Eduardo de Miranda e Liana John, o padre Antonio Sepp von Rechegg deparou-se com o felino no caminho para as “terras da Mãe de Deus”, Tupanciretã.

“O cavalo começou a ficar muito irrequieto. O padre tentava acalmá-lo, sem entender o porquê de tal agitação excepcional. Na escuridão, um relâmpago iluminou a paisagem e trouxe uma resposta assustadora: uma enorme onça-pintada, um jaguar, o yaguareté, rondava. (…)” – texto do livro Jaguar

 
Onça do Parque Nacional do Iguaçu, fronteira com a Argentina
Foto: Divulgação/Concessionária Cataratas do Iguaçu S/A

Pois essa situação ficou no passado, faz parte da história Argentina.

“As Cataratas do Iguaçu, na fronteira com Paraguai e Brasil, marcam agora o limite externo do alcance das onças-pintadas na Argentina. Estima-se que apenas 50 dessas onças vivam na selva subtropical ao redor das famosas cataratas.(…)

Risco de vida
A floresta do norte da Argentina foi classificada como uma das áreas onde as onças-pintadas têm menor probabilidade de sobrevivência, junto com partes do Brasil, Venezuela, Guiana e locais na América Central e México.

As onças-pintadas costumavam rondar partes do sul dos Estados Unidos, descendo até a Patagônia, mas ocupam agora apenas 40 por cento de sua área histórica.

O World Wildlife Fund (WWF) estima que apenas 15.000 estão na selva, uma vez que o desmatamento as priva de alimentos e as torna mais vulneráveis a caçadores.

Cerca de 18 mil onças-pintadas foram mortas em todo o mundo a cada ano por causa da pele durante os anos 1960 e 70, e a caça continua sendo uma ameaça a elas apesar das campanhas atuais contra o uso de pele animal.” – texto da matéria “Cientistas da Argentina rastreiam últimos exemplares de onça-pintada”, publicada em 11 de outubro de 2011 pelo portal G1

Agora, cientistas argentinos do Projeto Jaguar estão monitorando os animais (com colar de rastreamento com GPS) para determinar o quanto a agricultura e outras atividades humanas estão afetando a espécie na região. Estima-se que em um período de 20 a 30 anos as onças-pintadas poderão desaparecer do território argentino se nenhuma atitude para reduzir as ameaças a essa população.

– Leia a matéria completa do portal G1 “Cientistas da Argentina rastreiam últimos exemplares de onça-pintada”

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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