Belo Horizonte: um entre tantos centros urbanos tomados pelo tráfico de animais

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
16 de agosto de 2012
“A região metropolitana de Belo Horizonte está na rota do tráfico nacional de espécies silvestres. Segundo a Polícia Militar de Meio Ambiente, 1.459 animais foram apreendidos só nos três primeiros meses deste ano, em cinco municípios fiscalizados na Grande BH.

Papagaio-verdadeiro em cativeiro em BH
Foto: Gustavo Andrade/Metro BH


 As aves são as mais visadas pelos traficantes. Do total de apreensões, 1.318 foram de pássaros encontrados em cativeiro na capital e em Betim, Lagoa Santa, Nova Lima e Caeté. O motivo é o baixo custo de manutenção e a facilidade na hora de transportá-los.”  – texto da matéria “BH: por dia, 16 animais são salvos do tráfico”, publicada em 14 de agosto de 2012 pelo jornal Metro BH e reproduzida pelo site da Rede Banderiantes (Band)

O verificado na capital mineira acontece, em maior ou menor escala, em todas as cidades brasileiras. Deve-se destacar que os grandes centros urbanos das regiões Sudeste (principalmente São Paulo e Rio de Janeiro) e Sul são os principais “consumidores” de animais silvestres.

E os números vão piorar…

“Apesar de ter ocorrido uma redução de 28% nas apreensões em relação ao primeiro trimestre de 2011, as autoridades estão em alerta para o período mais crítico do ano, quando as ocorrências de tráfico disparam. “A partir de setembro, há um aumento, porque é época de reprodução”, explica o comandante Tenente Flávio de Souza.”  – texto do Metro BH

A situação estaria ainda mais escancarada se os órgãos de fiscalização (Polícia Militar Ambiental e Ibama) começassem a investigar as quadrilhas de traficantes e iniciassem apreensões em massa. A média de 16 animais por dia seria ultrapassada facilmente. Atualmente, as ações de repressão são motivadas por denúncias.

Mas todo esse trabalho não teria fim. Afinal, se tem gente que vende é por que tem gente interessada em comprar. Sem campanhas educativas e de conscientização da população, a atividade criminosa do tráfico de fauna continuará a existir, mesmo se houver uma  grande estrutura de fiscalização e repressão.

– Leia a matéria completa do site da Band

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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