Falso veterinário é preso por suspeita de tráfico de animais silvestres

A Polícia Federal prendeu, na tarde de terça-feira (15 de outubro), um homem que se passava por veterinário em nova Iguaçu (RJ). Ele foi localizado em sua residência, no município, onde foram encontrados 18 pássaros silvestres e mais vinte anilhas – quatro delas com confirmação de serem falsas.

As investigações sobre o suspeito começaram no último fim de semana, quando uma equipe do ICMBio que trabalha na Reserva Biológica do Tinguá, que se situa em Nova Iguaçu, fiscalizou um homem que criava uma arara-canindé e um tucano. Durante a ação, descobriu-se que os animais eram vítimas de tráfico de fauna e que o falso veterinário era o responsável pela venda dos animais.

O caso passo foi enviado para a Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal no Rio de Janeiro (DMA/PF/RJ), que localizou o suspeito. Para a PF, o homem alegava ser veterinário para dar credibilidade na venda de aves que eram capturadas na natureza. Os animais receberiam anilhas falsas para parecerem ter origem em criadouros legalizados.

A Polícia Federal indiciou o suspeito 41 vezes: 18 por posse ilegal de animais silvestres, 18 por maus-tratos, quatro por falsificação de selo público e uma por receptação. A grande quantidade de indiciamentos ser baseia no número de animais e anilhas apreendidos e tem a intenção de tornar mais rígida a punição pelos crimes a partir da soma das penas – que, neste caso, passaria de 20 anos de prisão.

No último ano, a Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal no Rio de Janeiro tem atuado dessa forma para crimes contra a fauna. A intenção dos policiais é não mais registrar os casos com termos circunstanciados, conduta prevista para crimes com penas inferiores a dois anos de detenção, o que permite aos suspeitos saiam livres já da delegacia. Em dezembro do ano passado, um homem foi indicado pela PF 99 vezes no Rio de Janeiro durante uma investigação sobre tráfico de fauna.

O suspeito foi autuado em flagrante e levado para o presídio de Benfica, na zona norte da capital fluminense. Hoje, a Justiça determinou a soltura dele, mas o Ministério Público Federal requisitou a decretação da sua prisão preventiva.

A aves foram levadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, em Seropédica.