Araras retomando a vida livre em Goiás e os processos de soltura

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
29 de maio de 2014
“Retornaram ontem à liberdade 20 araras-canindé (Ara ararauna). Elas foram soltas pelo Ibama no município de Aragoiânia, que fica a uma hora de Goiânia, na Fazenda Cachoeirinha, cujos proprietários são parceiros do instituto desde 2006. As aves são oriundas de apreensão de tráfico e de entregas voluntárias e 19 vieram do Rio de Janeiro, onde passaram por treinamento de voo para fortalecimento muscular e exames clínicos que atestam sua saúde.

Segundo a diretora de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFlo), Hanry Alves, o número de animais devolvidos à natureza ou encaminhados a criadouros conservacionistas aumentou de 50% para 68%. “Este é o verdadeiro resultado de todo o processo que a gente faz no Ibama: o momento em que o bicho volta para a natureza”, disse.” – texto da matéria “Araras livres para voar”, publicada em 27 de maio de 2014 pelo site do jornal Diário da Manhã (Goiânia – GO)

Arara-canindé: bonito é assim, livre
Foto: Marcelo Scaranari

A soltura de animais apreendidos de traficantes ou de cativeiros domésticos ilegais é um momento muito feliz. Mas para chegar até esse ponto, uma longa a trabalhosa jornada é feita pelos profissionais envolvidos. Os bichos têm de ser examinados clinicamente, curados os doentes, observados para verificar se potencialmente podem voltar, treinados para reaprender a viver na natureza. Além disso, é necessário ter uma área de soltura adequada para a espécie, com recursos para sua vida plena (alimentação, abrigo, outros de sua espécie, clima adequado).

Mas, sem dúvida, a principal dificuldade nesse processo é devolver o animal para a região de onde foi capturado. E esse trabalho, que em algumas espécies de aves pode ser feito a partir de marcadores genéticos, deve começar no momento da apreensão, com um trabalho de investigação feito com as informações fornecidas pelo traficante ou pessoa que mantinha o bicho em cativeiro.

Infelizmente, esse esforço não é regra. E a matéria do Diário da Manhã não informa se as araras eram da região da Fazenda Cachoeirinha.

Ainda é preciso aperfeiçoar todo esse processo.

– Leia a matéria completa do Diário da Manhã

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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