
“Amigos que viajavam pela MS-160 na noite de ontem (17) encontraram uma onça parda no meio do caminho. Atropelada, a fêmea foi socorrida por volta das 20h por equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental).
O animal, que está na lista de ameaçados de extinção, foi encontrado no trecho que liga Sete Quedas e Tacuru, na região sul do Estado, a cerca de 427 quilômetros de Campo Grande. A onça estava com patas dianteiras e traseiras machucadas e muito nervosa, por isso teve que ser sedada para ser retirada do local.
Segundo a PMA, o bicho não consegue movimentar os membros e há suspeita de fratura de medula. Os condutores avisaram o veterinário Erlon Daneluz, que é secretário de agricultura em Sete Quedas. Ele chamou a PMA e acompanhou o trabalho dos policiais.” – texto da matéria “Onça é encontrada por amigos e socorrida após atropelamento na MS-160”, publicada em 18 de abril de 2016 pelo portal Campo Grande News
Uma correção à matéria do Campo grande News: o animal é um macho.
Se a lesão de medula for comprovada e realmente houver comprometimento de locomoção, essa onça está morta.
Não estará morta no sentido de perder a vida. Mas estará morta para seu ecossistema. A ausência da presença do animal em seu habitat faz com que ele não cumpra suas funções ecológicas, como controlar a população de outros animais pela predação. Quando um animal é atropelado e deixa a região onde habita, morto ou para viver em cativeiro, o ecossistema perde muito.
Vale ainda lembrar que a onça-parda é uma espécie ameaçada de extinção, classificada como "vulnerável" na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção.
E pense no que está acontecendo aos ecossistemas brasileiros quando projetamos os danos que a morte por atropelamento de 475 milhões de animais, todos os anos, causa. Se somarmos a esses animais os outros tantos que ficam feridos e acabam o resto da vida em cativeiro, longe de seus habitat.
Tragédia.
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