Por Luciana Ribeiro
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Nome popular: cachorro-do-mato
Nome científico: Cerdocyon thous
Estado de conservação: “pouco preocupante” na lista vermelha da IUCN e não consta da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
Com sua cauda peluda, corpo em tons mesclados de marrom e cinza, patas mais escuras e orelhas curtas, o cachorro-do-mato é o canídeo brasileiro mais conhecido. Distribuído por toda a América do Sul – excluindo a bacia Amazônica – é encontrado em áreas abertas, campos e cerrados.
O cachorro-do-mato é um animal territorialista, de hábitos noturnos, um predador solitário que raras vezes é visto caçando aos pares. Pode ser visto em margens de estradas, pois procuram ali restos de animais atropelados. Só que, com isso, acaba ele mesmo, muitas vezes, sendo vítima de atropelamentos.
A sua dieta onívora varia dependendo da estação do ano e do tipo de habitat em que ele se encontra. Mas normalmente é composta de grande quantidade de frutos – tanto que ele é um eficiente dispersor de sementes -, pequenos animais e carniça.
Tem cerca de 65 cm de comprimento, sem contar a cauda, que costuma ter 30 cm, e pesa entre 5 e 8 kg. A fêmea gera de três a seis filhotes por ninhada, depois de um período de aproximadamente 55 dias de gestação. Os filhotes nascem pesando entre 120 e 160 g e são desmamados por volta dos três meses.
Por estarem presentes em áreas alteradas e habitadas pelo homem, os cachorros-do-mato sofrem a ameaça potencial de doenças transmitidas por cães domésticos. No Parque Nacional da Serra da Canastra, por exemplo, se alimentam de lixo humano e entram em contato com cães domésticos não vacinados.