
Por Luciana Ribeiro
lucianaribeiro@faunanews.com.br
Nomes populares: gato-palheiro, gato-dos-pampas
Nome científico: Leopardus colocolo
Estado de conservação: “quase ameaçado” na lista vermelha da IUCN e “vulnerável” na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
Perda de habitat, atropelamentos, predação por cães domésticos, caça. Os motivos são clássicos e a ameaça a este felino é grande. Ele é considerado uma espécie "vulnerável" pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e "quase ameaçada" pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN na sigla em inglês). Calcula-se que a sua população no Brasil não chegue a 6.500 indivíduos. E, o que é pior, o ICMBio estima que nas próximas três gerações (ou 18 anos) esse número possa ser 12% menor em razão da perda e fragmentação de seu habitat. Ele se parece bastante com um gato doméstico, mas é uma espécie pouco estudada, o que dificulta a adoção de ações de conservação eficazes.
O gato-palheiro é um animal solitário, de hábitos noturnos e crepusculares. Pesa entre 3 e 4 kg, tem uma altura de 30 a 35 cm, de 50 a 70 cm de comprimento. Seu pelo é longo, de cores que vão do alaranjado ao cinza, com listras e manchas no corpo e nas patas, às vezes parecendo uma pequena onça. Quando se sente ameaçado ele eriça toda a faixa de pêlos do dorso, que vai da cabeça à cauda.
Como todo felino, o gato-palheiro é carnívoro e se alimenta principalmente de pequenos mamíferos, aves, lagartos, serpentes e insetos. A gestação dura de 80 a 85 dias e a ninhada tem de um a três filhotes.
O Leopardus colocolo ocorre em uma ampla área da América do Sul, sendo encontrado no Peru, Bolívia, Chile, Argentina e Paraguai. No Brasil vive no Cerrado, Pantanal e Pampa, e pode ser visto com mais frequência em unidades de conservação, que apresentam condições ideais para a sua vida.