Análise de Dimas Marques
Editor-chefe
dimasmarques@faunanews.com.br
Na quarta-feira, dia 12, o Fauna News comentou o caso de uma onça-parda que foi morta e enterrada por um sitiante de Gália (SP). O homem afirmou ter cometido o crime porque o felino estava atacando suas galinhas.
A propriedade rural fica ao lado da Estação Ecológica dos Caetetus, um dos poucos remanescentes de mata atlântica conservada da região.
Unidades de conservação de proteção integral, como parques, estações ecológicas e reservas biológicas em estados como o de São Paulo são os últimos reservatórios da biodiversidade pouco alterada por ações humanas. Geralmente se tornam ilhas de natureza rodeadas de cidades, pastos e campos agrícolas.
E é exatamente por isso que muita gente vai caçar nos limites e dentro dessas unidades: nelas ainda há vida selvagem. Por isso a fiscalização contra essa prática tem de ser intensa e ações de conscientização das comunidades permanentes.
Parque Estadual da Serra do Mar
Outro caso foi registrado em território paulista. Desta vez, ao lado do Parque Estadual da Serra do Mar, em Ubatuba, no litoral norte do estado.
“Um homem foi multado pela Polícia Militar Ambiental no valor de R$ 30 mil reais por caçar animais silvestres ameaçados de extinção. Ele é morador de Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo.
O flagrante aconteceu na tarde da última terça-feira (11) enquanto os agentes realizavam patrulhamento por uma área de mata próxima ao Km 14 da Rodovia Rio-Santos. O suspeito percebeu a chegada deles e correu.
Na fuga, o homem adentrou em uma residência e fugiu para outra área de vegetação conseguindo fugir da abordagem. No caminho ele deixou cair seus materiais de caça e o documento de identidade.
Na casa em que ele havia entrado, os policiais localizaram uma arma artesanal, uma espingarda e munições. No freezer do lugar foram encontradas ainda diversas carnes de animais silvestres. Os agentes identificaram uma paca, um javali e um macuco.” – texto da matéria “Homem é multado em R$ 30 mil por caça a animais com risco de extinção em Ubatuba, SP”, publicada em 13 de outubro de 2022 pelo portal G1
Nessas regiões a caça geralmente é realizada por costume e não por necessidade, para saciar a fome.
Vale destacar que, mesmo se o caçador tivesse sido detido, pelo crime de caça ele não ficaria preso. Pela legislação brasileira, o delito é classificado como de “menor potencial ofensivo”, em que se responde criminalmente em liberdade.
https://youtu.be/HKz_UuqIykk