
Análise de Dimas Marques
Editor-chefe
dimasmarques@faunanews.com.br
“Após 4 dias queimando na cidade turística de Bonito, região sudoeste de Mato Grosso do Sul, o fogo está se deslocando em direção ao parque nacional da Serra Nacional da Bodoquena, entre Bonito e Jardim, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Neste período, a queimada destruiu a vegetação e matou inúmeros animais, entre eles uma sucuri de cerca de 5 metros. O flagrante foi feito pela corporação neste domingo (11).
“Fomos mobilizados para a cidade de Bonito perto de uma fazenda e, desde então, foram vários focos em Bonito. Isso começou na última quarta-feira (7) e, agora, estamos na parte de rescaldo. A área total do fogo está sendo calculada e estamos aguardando a imagem do satélite para falar com maior precisão. Acreditamos ser de 2,7 mil a 3 mil hectares perdidos”, afirmou ao G1 a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros.” – texto da matéria “Fogo em Bonito se desloca após 4 dias e deixa rastro de mortes, uma delas de sucuri de 5 metros: ‘Lamentável’’, publicada em 11 de julho de 2021 pelo portal G1
Já faz alguns dias que as primeiras notícias sobre incêndios florestais no Centro-Oeste do país começaram a ser veiculadas na imprensa dos estados de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso. O problema ainda não chegou a pautar os grandes veículos de comunicação de abrangência nacional. Mas é questão de tempo.
Novamente, pelo que especialistas e o poder público indicam, o Pantanal, por exemplo, pode sofrer em consequência das poucas chuvas que deveriam ter ocorrido. Agora, no período de estiagem, o potencial da ocorrência de tragédias como a do ano passado é alto.
Estudo em andamento realizado por pesquisadores do Grupo de Estudos em Vida Silvestre (Gevs) estimou que, somente na Reserva Natural do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (a maior RPPN do país, com 108 mil hectares), no Mato Grosso, morreram 9.577 macacos-prego, 6.743 queixadas e 3.616 jacarés em consequência dos incêndios florestais de 2020 . O fogo atingiu 93% da área da reserva.
Poder público, ONGs e proprietários de terras estão mais bem estruturados para enfrentar o período que no ano passado. Ainda assim, a expectativa é que novamente ocorram grandes incêndios e que muitos animais pereçam, como a sucuri da matéria do G1.
no Mato Grosso,