Força Anhanguera!

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
25 de fevereiro de 2011
Logo que comecei meu dia, coloquei como meta escrever sobre algo positivo, alguma iniciativa interessante pela conservação da fauna. Afinal, ultimamente tenho abusado nos comentários e repercussões de fatos bem desagradáveis.

Lembrei então de uma notinha publicada na edição de ontem, 24 de fevereiro, de O Estado de S. Paulo (página A21), intitulada “Onça atropelada pode voltar à natureza”.

Fui atrás da história e, no site da Associação Mata Ciliar, encontrei o relato sobre a suçuarana Anhanguera. O felino, resgatado após ter sido atropelado na via Anhanguera em setembro de 2009, chegou à instituição com escoriações, um dente fraturado e bastante magro.

Anhanguera em recinto da Associação Mata Ciliar

Foto: Divulgação Associação Mata Ciliar

Atualmente, Anhanguera mostra-se recuperado das lesões, mantendo seus instintos de animal selvagem – principalmente o de manter distância dos seres humanos. Ainda não há data parra seu retorno à natureza que, de acordo com seus tratadores, não ocorrerá na mesma área onde foi localizado devido à urbanização e às alterações de seu hábitat já ocorridas na região.

A instituição, que possui uma unidade em Jundiaí (SP), mantém o Centro Brasileiro para Conservação de Felinos Neotropicais e o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS). Por falta de verba, o CRAS ficou fechado durante um ano e, em outubro do ano passado, retomou suas atividades após firmar um convênio com a prefeitura de Jundiaí.

Esse é o quadro do descaso do poder público em manter estruturas próprias para cuidar de animais silvestres vítimas do tráfico, de atropelamentos e de tantas outras situações irregulares e criminosas. Os Cetas (Centros de Triagem de Animais Silvestres) do Ibama ainda são depósitos de animais que, pela falta de infraestrutura, não conseguem cumprir sua missão em receber, tratar e devolver os espécimes apreendidos à natureza.

Cada vez mais, iniciativas da sociedade civil organizada estão tendo de suplantar a ausência do poder público no manejo da fauna brasileira. Força Anhanguera!

Leia mais sobre o Anhanguera.

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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