Reflexão para o fim de semana: o comércio conhece o que a ciência ignora. Quanto estamos perdendo?

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
13 de maio de 2011
Uma espécie de arraia de água doce amazônica, vendida há anos para a Ásia só agora foi descrita pela ciência. A informação foi publicada pelo portal G1. Na matéria do repórter Dennis Barbosa, Marcelo Carvalho, biólogo da Universidade de São Paulo e um dos autores do artigo que descreve a Potamotrygon tigrina na revista “Zootaxa” afirma:  “Este bicho é importado na Ásia em números grandes. É comum aquaristas terem conhecimento de espécies antes dos pesquisadores”. O peixe habita o alto rio Amazonas, em território peruano.

“Como a Potamotrygon tigrina ainda é pouco estudada, não se sabe até que ponto a conservação da espécie está ameaçada.” (texto da matéria) Enquanto isso, é certo que o comércio continuará, masmo sem saber se o peixe corre risco de desaparecer e qual o real papel dele no ecossistema em que vive.

Foto: A. Bullard e M. Sabaj/Divulgação

Esse é só um exemplo do quanto a biodiversidade ainda é desconhecida. A interferência sem controle do homem está causando enormes perdas, tanto para o equilíbrio da natureza, quanto para potenciais aproveitamentos econômicos dos recursos naturais em bases sustentáveis.

Dados publicados pelo Ibama  (Geo Brasil 2002: Perspectivas do Meio Ambiente no Brasil) apresentam que, atualmente, o Brasil possui cerca de 202.500 espécies descritas. Uma projeção indica que a biodiversidade nacional possa chegar a 1,87 milhão de espécies. Para o mundo, essa estimativa é de 13,62 milhão. Calcula-se que a taxa de extermínio de espécies pela ação humana seja entre 50 a 100 vezes superior que aos índices determinados por causas naturais.

Deu para ter uma noção do que estamos perdendo?

– Leia a matéria do portal G1.

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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