
Amanhã, 15 de novembro, instituições de várias partes do país estarão engajadas no Dia Nacional de Urubuzar. A intenção é alertar a população sobre um dos maiores impactos da ação humana na vida animal: os atropelamentos de animais silvestres. Pesquisa do coordenador do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas da Universidade Federal de Lavras (CBEE/UFLA), Alex Bager, concluiu que cerca de 475 milhões de animais silvestres morrem por atropelamento todos os anos nas estradas e rodovias brasileiras.
O movimento, organizado pelo CBEE, a Sociedade Brasileira de Zoológicos e Aquários (SZB) e a empresa Tetra Pak, também servirá para divulgar o Sistema Urubu, um aplicativo para smartphone e tablet (desde que com GPS e máquina fotográfica), disponível gratuitamente para Android e iOS, que ajuda a abastecer um banco de dados de atropelamentos de animais silvestres.
Zoológicos, concessionárias que administram rodovias, ONGs, prefeituras, escolas e inúmeras outras entidades se envolveram na inciativa. A mobilização pelo tema é inédita no Brasil e está tirando do restrito universo das pesquisas acadêmicas e dos gestores do tráfego rodoviário uma das principais causas de mortes de animais silvestres promovidos pelo homem.
Vale lembrar que cerca de 15 animais morrem atropelados a cada segundo nas estradas e rodovias do Brasil. Do total de vítimas, 90% são pequenos vertebrados, como sapos, cobras e pequenas aves, 9% são de vertebrados de médio porte, como gambás, lebres e macacos, e 1% é de vertebrados de grande porte, como onças-pardas, lobos-guarás, onças-pintadas, antas e capivaras. No cotidiano da maioria dos brasileiros, apenas esse 1% chama a atenção, principalmente porque são as espécies desse grupo que viram notícia na imprensa.
Informe-se na sua região se alguma instituição está envolvida no Dia Nacional de Urubuzar e engaje-se.
Participe, informe-se e baixe o Sistema Urubu no seu smartphone ou tablet. Tenha certeza que a sua contribuição em fotografar e enviar as informações ao CBEE é importante e ajudará na elaboração de projetos que visam a redução de tantas mortes.
Sistema Urubu: como funciona
Desenvolvido pela Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, o funcionamento do Sistema Urubu é simples: basta o interessado baixar o aplicativo e, ao encontrar algum animal silvestre morto por atropelamento (não interessam domésticos com cães e gatos ou de produção, como cavalos, bois e galinhas, por exemplo), ele deve ser fotografado. Os dados (a imagem e a posição georreferenciada que é obtida automaticamente pelo GPS) são então enviados para o CBEE assim que houver sinal de internet disponível.
As informações serão analisadas e validadas (onde será identificada a espécie do animal, por exemplo), para então alimentarem o Banco Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem (BAFS). Os dados desse banco servirão para a elaboração de políticas públicas, licenciamentos ambientais, pesquisas e trabalhos que contribuam para a redução desse tipo de impacto nas estradas e rodovias sobre a fauna.
Baixe aqui o Sistema Urubu:
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