Por Andreas Kindel
Biólogo, professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias da mesma universidade (NERF-UFRGS)
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Mais uma ano termina e pouco temos para comemorar em termos ambientais no Brasil – pelo menos com relação à atuação de alguns governos. No entanto, graças a uma composição de instituições e de técnicos extremamente comprometidos, a fauna que interage com as estradas do Mato Grosso do Sul pode ter alguma esperança de alívio nos anos vindouros.
O recém lançado Manual de Orientações Técnicas para Mitigação de Colisões Veiculares com Fauna Silvestre nas Rodovias Estaduais do Mato Grosso Do Sul vale o brinde de final de ano! O fato de o manual ter se transformado em uma resolução vale um segundo brinde!
Espero que esse produto e o processo que deu origem a essa obra inspirem outros Estados a adotarem instrumento similar (ninguém vai se importar se for copiado, expandido ou detalhado). A carnificina observada nas estradas não é exclusividade do Mato Grosso do Sul. Se implantado, e esse será o desafio para os próximos anos, a biodiversidade e os usuários das rodovias serão beneficiados por um deslocamento seguro.
Que venha 2022 com manuais e resoluções para o maior número possível de Estados. Mas enquanto eles não vem, aproveita lá e abre o presente que foi esse esforço coordenado em parceria pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos do Mato Grosso do Sul (Agesul) e pelo Instituto de Conservação de Animais Silvestres (Icas) no âmbito do programa Estrada Viva.
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