…na Operação Thunderball , da Interpol: apesar dos resultados, priorizar repressão não resolve tráfico de fauna.
“Para o bem das nossas futuras gerações e do mundo em que vivemos, é vital que paremos os criminosos que colocam os meios de subsistência, segurança, economias e a sustentabilidade do nosso planeta em risco, explorando ilegalmente a flora e a fauna silvestres”.
Ivonne Higuero, Secretária Geral da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), na matéria “Wildlife trafficking: organized crime hit hard by joint INTERPOL-WCO global enforcement operation”, publicada em 10 de julho de 2019 pelo site da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal)
A operação aconteceu em junho, mas só foi divulgada agora. A ação aconteceu em 109 países, incluindo o Brasil, e resultou na detenção de 582 suspeitos de envolvimento no tráfico ilegal de plantas e animais. Foram apreendidos 23 primatas, 30 felinos, mais de 4.300 aves, cerca de 10 mil criaturas marinhas, incluindo corais, cavalos-marinhos, golfinhos e tubarões, cerca de 10 mil tartarugas e cerca de 1.500 outros répteis. Também acabaram retirados de circulação 440 presas de elefante, mais de meia tonelada de objetos de marfim, 2.550 metros cúbicos de madeira e 2.600 plantas.
Infelizmente, em todo o mundo, o tráfico de fauna é basicamente combatido por meios repressivos. Não há programas permanentes de educação ambiental para conscientizar as pessoas a não comprarem animais e produtos com partes de animais. Sem redução de manda, o mercado negro de fauna continuará forte.