Biólogo e mestre em Gestão e Auditoria Ambiental com ênfase em Educação Ambiental. É analista ambiental do Ibama, sendo ponto focal do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do órgão no RS
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Nos trabalhos de educação ambiental, podemos focar em dois públicos-alvo: as crianças e os adultos. A grande maioria dos projetos prefere trabalhar com o primeiro público. Por ainda estarem em um processo de formação, as crianças estão mais abertas a novos saberes, valores e crenças. Elas representam o futuro, seja na tomada de decisões seja nas relações do dia a dia.
Já os trabalhos de educação ambiental do Ibama lidam especialmente com o público adulto. É de extrema importância trabalhar com esse público-alvo, buscando uma mudança na relação que eles têm com a natureza. Além disso, os adultos são os atuais tomadores de decisão.
Atuar com o público adulto é bem mais desafiador, no sentido que eles já possuem crenças, saberes e valores arraigados. Precisamos trabalhar com esses conhecimentos e, a partir deles, propor, discutir e construir novos saberes, competências e atitudes. Os adultos tornam-também os multiplicadores desses aprendizados, levando, assim, a mensagem para mais pessoas, incluindo as crianças.
Os adultos, em geral, possuem mais resistência aos trabalhos educativos. Cabe, então, ao educador ambiental a responsabilidade de procurar formas para vencer esse obstáculo. Um dos pressupostos para esse trabalho é trazer temas e métodos afeitos ao público-alvo. Uma linguagem direta e honesta auxilia nesse processo. Além disso, as posições inerentes ao processo educativo têm que estar muito clara e não podem se misturar com posições político-partidárias, uma vez que a educação ambiental do Ibama é voltada para todos e não somente a um grupo ideológico.
Devemos trabalhar a educação ambiental para todos, crianças e adultos, sem distinção, transformando-os em agentes de mudanças para a sustentabilidade.
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