Tamanduá atropelado: um animal atingido e duas mortes registradas

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
25 de abril de 2013
“Um filhote de tamanduá-bandeira foi encontrado no último sábado (20) às margens da rodovia Francisco da Silva Pontes em Itapetininga (SP). O animal foi resgatado por um motorista que trafegava pela SP-127, na altura do bairro do Porto, quando avistou o filhote e acionou a Polícia Ambiental.

O filhote levado para o zoológico Quinzinho de Barros em Sorocaba
Foto: Viviane Oliveira/TV TEM


O cabo da Polícia Ambiental, José Adriano Apolinari, acredita que a mãe tenha morrido atropelada. “O animal se desgarrou das costas da mãe e estava perdido. Provavelmente ela foi atropelada, ele teve muita sorte de sobreviver”, explica.”
– texto da matéria “Filhote de tamanduá-bandeira é achado em rodovia de Itapetininga”, publicada em 22 de abril de 2013 pelo portal G1

Quando a imprensa aborda os atropelamentos de animais silvestres em rodovias, normalmente o foco fica restrito ao bicho morto. O caso do filhote de tamanduá-bandeira é um exemplo de um impacto gerado pela construção de estradas que vai além da morte de um exemplar.

Além da ausência no ecossistema do tamanduá-bandeira morto, já que deixará de cumprir suas funções ecológicas, o fato de haver um filhote envolvido amplia as consequências. Afinal, é bastante provável que esse animais nunca mais retorne à vida livre, pois será criado em cativeiro sem o aprendizado que a mãe e a natureza oferecem.

É possível concluir então que, apesar de o atropelamento ter vitimado fisicamente um animal, duas mortes aconteceram: a da mãe e do filhote, que pode ser considerado ecologicamente morto, já que não cumprirá seu papel no ecossistema (reprodução e predação, por exemplo).

Talvez, se inserido em algum programa de conservação da espécie, o impacto da ausência do filhote possa ser menor. Mas será que isso será feito?

– Leia a matéria completa do portal G1

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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