Solturas: pouco investimento para dar uma segunda chance

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
02 de dezembro de 2013
“Policiais militares do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) participaram da soltura de 175 animais silvestres, realizada na manhã dessa quinta-feira (28), na zona rural da região Serrana do Estado.

Aves reconquistando a liberdade
Foto: Divulgação P5 BPMA/ES

A ação foi acompanhada pelo biólogo e coordenador do Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias), José da Penha Rodrigues, após estudos para escolha do local e parecer favorável do Ibama.

 Os animais silvestres soltos foram cinco jabutis, dois veados-catingueiro, uma preguiça e 167 pássaros, sendo 55 canários-da-terra, 82 coleiros e 30 trinca-ferros.” – texto do Portal do Governo do Estado do Espírito Santo, publicado em 29 de novembro de 2013

Todo e qualquer ação de soltura de animais silvestres apreendidos tem de ser consequência de um sério trabalho de avaliação e recuperação dos bichos. E isso requer técnicos habilitados, dinheiro e tempo.

Para cada espécie envolvida há um protocolo a ser seguido, afinal os hábitos são diversos. E, pra complicar ainda mais, dentro de cada espécie há as peculiaridades da história de cada indivíduo. Assim, a soltura de cada animal é, praticamente, resultado de um trabalho artesanal.

Veados-catingueiros no momento da soltura
Foto: Divulgação P5 BPMA/ES

Infelizmente, o poder público quase não investe em projetos de recuperação e soltura de animais. Além do custo, a burocracia também é uma barreira – afinal de contas, cada bicho deve ser devolvido para sua região de origem, que muitas vezes fica distante do local da apreensão (podendo ser outro Estado ou país).

O Cereias é resultado de uma parceria entre o Ibama e várias empresas que financiam os trabalhos. Infelizmente, o poder público pouco investe nessa área, cabendo então à iniciativa privada e às ONGs essa tarefa.

– Leia a matéria completa do Portal do Governo do Estado do Espírito Santo

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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