Bióloga, mestre e doutora em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e pesquisadora do Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias (NERF), ambos da UFRGS.
Bióloga, mestre e doutora em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É pesquisadora pós-doutoranda do Programa USP-Sustentabilidade vinculado ao Laboratório de Ecologia, Manejo e Conservação de Fauna Silvestre da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Também é colaboradora do Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias (Nerf) da UFRGS.
Em 14 de dezembro, ocorreu o 1º Seminário estadual de monitoramento e mitigação de atropelamento de fauna em rodovias, realizado no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Porto Alegre (RS) e organizado por várias instituições (Fepam-RS, Nerf-UFRGS, Ibama, DAER-RS, DNIT, CSG, EGR, Sema-RS, Programa Macacos Urbanos e Concessionária Rota de Santa Maria). O evento foi presencial e transmitido on-line, com uma grande participação dos diferentes setores da sociedade relacionados à avaliação de impactos de rodovias na fauna.
O evento reuniu profissionais da área com o objetivo de compartilhar experiências e estimular o debate sobre as abordagens utilizadas em diferentes projetos, para que se possa avançar no monitoramento e na mitigação em projetos futuros. Para isso, foram realizadas sete apresentações de estudos de caso de monitoramento e análise de atropelamento de fauna e de monitoramento de efetividade de medidas de mitigação. As apresentações trouxeram muitas inovações para o monitoramento de carcaças, algumas delas foram:
Fazendo uma avaliação do evento pelas perguntas e discussões que ocorreram após cada fala e pelo quanto as pessoas se manifestaram, tanto presencialmente quanto no chat on-line, o evento foi um sucesso e mostra que temos muito o que discutir, compartilhar ideias e evoluirmos juntos. Uma plateia multisetorial e cheia demonstrou o grande interesse pelo tema. No final do evento, houve uma mesa-redonda em que foram discutidas algumas lacunas identificadas ao longo dos debates e alguns dos avanços necessários.
Um dos temas importantes que foi discutido foi a importância de avançar no compartilhamento de dados obtidos em cada monitoramento pontual e o quanto podemos aprender com cada estudo e aplicar em novos casos. Muitas vezes as informações e os dados acabam ficando perdidos dentro de processos, que são públicos, mas que não são facilmente acessíveis. O conhecimento gerado em um projeto acaba ficando limitado aos profissionais que se envolveram na realização ou avaliação dos estudos, mas outros processos poderiam ser muito beneficiados pela disponibilização de informação e conhecimento.
Nesse contexto, um caminho discutido foi o Sistema de Gestão de Dados da Biodiversidade para Avaliação de Impacto Ambiental (Sisbia), desenvolvido pelo ICMBio e Ibama. O Sisbia está em fase de testes e existe a possibilidade de uso pelos Estados e municípios, o que criaria um banco dados único. Existem muitos dados, mas que não estão disponíveis, e o conhecimento gerado em cada processo acaba ficando inacessível, sem uma sistematização desse conhecimento e sem a possibilidade de aplicarmos o aprendizado de um caso em outro.
A discussão avançou também para nos darmos conta de que não adianta sistematizarmos os dados e disponibilizá-los se não tivermos clareza sobre quais perguntas devem ser respondidas nos monitoramentos e como esse foco nas informações relevantes é fundamental para a qualificação do licenciamento ambiental.
Por fim, um novo caminho apontado foi a necessidade de fazermos novos eventos multissetoriais com o objetivo de revisar a diretriz existente no Rio Grande do Sul para o monitoramento e avaliação do atropelamento de fauna. Essa diretriz foi construída de forma conjunta pela FEPAM-RS, Sema-RS, Ibama (NLA-RS), DAER-RS e Nerf-UFRGS, mas hoje novos atores, como as concessionárias e os consultores ambientais, devem ser incluídos nessa discussão e revisão.
Na época de sua construção, essa diretriz já foi pensada para orientar como obter as respostas necessárias às perguntas importantes no âmbito da avaliação de fauna atropelada. Mas hoje novas metodologias e aprendizados podem ser incorporados.
Ao longo das apresentações de cada estudo de caso, foi possível ver que diferentes grupos de profissionais têm experiências diversas com a aplicação da diretriz e reflexões que podem ser muito produtivas para avançarmos em novas normativas. Lembrando que as normativas devem nos guiar, mas não tornar o processo rígido. Sempre devemos ter um olhar crítico na aplicação de diretrizes e que devem ser revisadas periodicamente, à luz de novos conhecimentos que vão surgindo.
Assista ao evento e confira as apresentações e discussões:
Observação: as opiniões, informações e dados divulgados
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Bióloga, mestre e doutora em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e pesquisadora do Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias (NERF), ambos da UFRGS.
Bióloga, mestre e doutora em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É pesquisadora pós-doutoranda do Programa USP-Sustentabilidade vinculado ao Laboratório de Ecologia, Manejo e Conservação de Fauna Silvestre da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Também é colaboradora do Núcleo de Ecologia de Rodovias […]
