Reflexão para o fim de semana: saindo do gabinete em Brasília para um choque de realidade no Piauí

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
10 de fevereiro de 2012

“Quando assumi, não imaginava que o IBAMA estivesse em uma situação tão crítica, seria uma irresponsabilidade ver e não mostrar aos gestores, por isso trouxe imagens e documentos para mostrar ao Presidente e aos diretores”. Foi dessa forma que o superintendente do Ibama no Piauí, Carlos Máximo, desabafou após encontro, em 3 de fevereiro de 2012, com o presidente do órgão, Curt Trennepohl.

Entre os inúmeros problemas do IBAMA do Piauí, Máximo destacou o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).

‘“O Centro está em estado de calamidade pública”, lamentou.’ – texto da matéria “Presidente do IBAMA vem verificar situação da sede do órgão em Teresina”, publicada em 5 de fevereiro de 2012 pelo site 180 Graus, do Piauí.

Com apenas 70 funcionários para atuar no estado, o Ibama do Piauí, segundo seu superintendente, não consegue também fazer uma fiscalização competente. E lógico, que a repressão ao tráfico de animais está incluída nesse contexto.

Foto: petronoticias.com.br

“Curt Trennepohl (foto ao lado) se sensibilizou com as denúncias de Máximo e confirmou que virá ao Piauí ainda em fevereiro e já determinou que todos os diretores do IBAMA deverão vir à sede de Teresina ainda este mês para analisar a situação.” – texto do 180 Graus

Acho – somente acho – que Brasília não sabe o que está acontecendo nas sedes do Ibama pelo país. Será que essa falta de funcionários e o tal “estado de calamidade pública” do Cetas é exclusividade do Piauí?

Você sabe a resposta.

A fauna silvestre sabe a resposta.

Só para relembrar:

““Com apenas três funcionários, o Cetas teve que pedir ajuda. Segundo Edson Lima, analista ambiental do Ibama, tudo começou com uma mensagem via e-mail para um grupo de cinco pessoas. “A mensagem foi colocada em sites de relacionamento e houve uma ‘explosão’ de voluntários nos procurando para alimentar esses animais”, disse Lima.” – texto do post “517 de filhotes de aves escancaram o descaso do poder público com a fauna silvestre”, sobre uma grande apreensão de animais com traficantes em Pernambuco, em 25 de setembro de 2011, em que o Ibama teve de recorrer a voluntários para suprir sua falta de estrutura no estado

Três funcionários!

– Leia a matéria do site 180 Graus
– Releia “517 de filhotes de aves escancaram o descaso do poder público com a fauna silvestre”, publicado pelo Fauna News em 6 de outubro de 2011

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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