A indignação pela morte do leão Cecil, caçado e morto em 6 de julho no Zimbábue, é legítima. O caso gerou comoção, com autoridades, celebridades e muita gente se manifestando pela morte promovida por um dentista dos EUA e guias contratados na África. Mais do que destacar o fato e manifestar a revolta pelo ocorrido, o Fauna News também quer incitar você, nosso leitor, a refletir: quantos animais morrem em caçadas todos os dias e ninguém se manifesta?
No Brasil, onças-pintadas são vitimadas em safaris pelo Pantanal. Quando não é pelo mórbido lazer do safari com morte, há quem promova caçadas por uma iguaria (não pela necessidade do alimento). Assim, morrem tatus, pacas, capivaras e uma infinidade de outros animais.
Pois saiba que existe um mercado bastante ativo de carne de silvestres. E não é para matar a fome de ninguém, mas sim para alimentar paladares desejosos de sabores exóticos.
Pena que a nossa indignação e revolta só aflorem quando animais como Cecil, cheios de carisma ou de simbolismos, são as vítimas. As inúmeras outras, não viram sequer estatística.