
Por Luciana Ribeiro
Jornalista e tecnóloga em Gestão Ambiental
olhaobicho@faunanews.com.br
Nomes populares: jaritataca, jaratataca, jatitataca, zorrilho, cangambá, gambá
Nome científico: Conepatus semistriatus
Estado de conservação: “pouco preocupante” na lista vermelha da IUCN e não consta da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
Com duas listras brancas que percorrem seu dorso escuro da cabeça até a longa e volumosa cauda, a jaritataca se parece com os gambás dos desenhos animados. Até recebe popularmente esse nome. No entanto, ela pertence à família Mephitidae, a mesma do cangambá e das chamadas doninhas-fedorentas, não sendo um marsupial (aqueles animais cujas fêmeas têm a bolsa abdominal onde as crias terminam seu desenvolvimento) como os gambás.
Em comum com os gambás, a jaritataca tem o uso de odores fétidos como mecanismo de defesa contra ameaças. Ela ejeta um jato de um fluido muito mal cheiroso para atingir quem a assustar, ainda que esteja a uma boa distância do agressor.
A jaritataca é um animal de pequeno porte, mede entre 30 e 50 centímetros de comprimento, mas sua cauda é proporcionalmente enorme, entre 16 e 31 centímetros. Seu peso oscila entre 1,4 e quatro quilos. Com hábitos solitários e noturnos, sai da toca depois do pôr-do-sol para se alimentar de insetos, pequenos vertebrados e frutos.
O comportamento reprodutivo da jaritataca é pouco conhecido, mas sabe-se que a gestação dura cerca de 60 dias e a cria é de quatro a cinco filhotes.
No Brasil, a espécie é encontrada no Cerrado e na Caatinga – do Nordeste até o estado de São Paulo. E ocorre também no sul do México, norte da Colômbia, Peru e Venezuela. Prefere áreas de vegetação aberta a matas densas.
– Texto originalmente publicado em 12 de julho de 2017
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