Biólogo e mestre em Gestão e Auditoria Ambiental com ênfase em Educação Ambiental. É analista ambiental do Ibama, sendo ponto focal do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do órgão no RS
educacaoambiental@faunanews.com.br
2020 foi marcado pela pandemia do coronavírus. Mas nem mesmo esse fato diminuiu a busca de traficantes de fauna silvestre por animais. Só no Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama no Rio Grande do Sul foram entregues praticamente dois mil animais durante o ano, a grande maioria de apreensões. Também seguem as ofertas desses espécimes em redes sociais e sites diversos. Muitos aproveitaram a menor fiscalização, devido a pandemia, para traficar.
Esse fato nos leva a necessidade de uma reflexão sobre o que pode ser feito. Uma das ferramentas fundamentais, além da fiscalização, é a educação ambiental. Não existe um fiscal para cada pessoa, mas existe um educador na história de vida de cada um. Precisamos ensinar as novas gerações temas envolvendo fauna silvestre, como o tráfico e suas perversas relações sociais, os maus-tratos envolvidos e as zoonoses.
Muito ainda precisa ser feito em termos de educação ambiental. Nos vários municípios desse Brasil é necessária a capacitação dos agentes de meio ambiente e saúde, além dos professores. Somente o trabalho em conjunto entre entes da União, estados e municípios será possível lograr algum êxito nos projetos de educação ambiental e no combate ao tráfico de animais silvestres. Ou seja, temos ainda muito trabalho pela frente… Não só em 2021 como também nos próximos anos.
– Leia outros artigos da coluna EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Observação: as opiniões, informações e dados divulgados
no artigo são de responsabilidade exclusiva de seu(s) autor(es)