
Por Luciana Ribeiro
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Nomes populares: tamanduá-bandeira, tamanduá-açu, tamanduá-cavalo, papa-formigas-gigante, urso-formigueiro-gigante, iurumi e jurumim
Nome científico: Myrmecophaga tridactyla
Estado de conservação: "vulnerável" na lista da IUCN e na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção)
Existem quatro espécies de tamanduá no mundo. A maior delas é o tamanduá-bandeira, que já foi tão comum no Brasil e hoje está ameaçado de extinção. O tamanduá-bandeira é um bicho que chama a atenção, por seu tamanho e por suas peculiaridades. Ele não tem dentes e se alimenta exclusivamente de formigas e cupins. Muitas formigas e cupins. Ele chega a comer 30 mil insetos por dia. E para isso tem que encontrar muitos formigueiros e cupinzeiros, pois em cada um ele fica por menos de um minuto, caso contrário, será vítima das mordidas e das substâncias químicas usadas para defesa pelas formigas e pelos cupins. A língua do tamanduá sai até 60 cm pra fora da boca e até 150 vezes por minuto. Para capturar os insetos, ele conta com a ajuda da saliva, que é aderente.
O famoso "abraço de tamanduá" é um recurso de defesa do animal, que tem visão e audição limitadas, contando com o olfato como principal sentido. Quando se sente ameaçado, o tamanduá-bandeira levanta as patas dianteiras e se apoia nas patas traseiras e na cauda. O comprimento da cabeça e do tronco do tamanduá-bandeira chega a 1m20, só de focinho são mais cerca de 45 cm e a cauda mede entre 60 cm e 90 cm. Ou seja, quando fica de pé, e mostra suas grandes garras, torna-se realmente um animal muito grande e assustador.
O nome "bandeira" foi dado por causa da grande cauda coberta por longos pelos. E essa cauda funciona também como isolante térmico e camuflagem quando o tamanduá se deita e se cobre com ela. As fêmeas também a usam para proteger os filhotes enquanto amamentam. A gestação do tamanduá-bandeira é de cerca de 190 dias e os filhotes, pequenos e frágeis, são carregados nas costas pela mãe por pelo menos seis meses, mas essa proteção pode chegar a até um ano.
A espécie pode ser encontrada da América Central ao sul da América do Sul. No Brasil, ocorre em todos os biomas, principalmente no cerrado. A degradação e redução de seus habitat é a principal causa da perda populacional da espécie. Mas o tamanduá também é vítima de caçadas, atropelamentos e incêndios florestais.