Olha o Bicho! – Cavalo-marinho

02 de novembro de 2016

Por Luciana Ribeiro
lucianaribeiro@faunanews.com.br

Nome popular: cavalo-marinho
Nome científico: Hippocampus sp.
Estado de conservação: “vulnerável” na lista vermelha da IUCN (Hippocampus erectus) e “vulnerável” na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção (Hippocampus erectus, Hippocampus patagonicus e Hippocampus reidi)

Pode não parecer, mas o cavalo-marinho é um peixe. Um peixe bastante peculiar, é verdade, com a cabeça que lembra a de um cavalo, olhos com movimentos independentes, capacidade de mimetização como um camaleão, cauda preênsil com o jeitão de um símio e uma bolsa parecida com as dos marsupiais. E as curiosidades deste gênero não param por aqui. Ele se desloca na vertical e não “deitado” como os outros peixes e na reprodução a incubação dos ovos é feita pelo macho, ou seja, é ele que “engravida”.

Os cavalos-marinhos se reproduzem o ano inteiro. A incubação dos ovos dura cerca de 15 dias e, conforme a idade do casal, podem nascer mais de 1.500 filhotes por gestação. Mas, apesar desse número incrível, as três espécies encontradas em águas brasileiras têm seu estado de conservação classificado como vulnerável. Isso porque eles são explorados intensamente em toda a nossa costa. São comercializados tanto secos quanto vivos. Esses, para fins ornamentais.

Aliás, não é só por aqui que os cavalinhos-marinhos estão ameaçados. No mundo inteiro esses animais correm risco de extinção. Além da destruição de seus habitat, milhões de indivíduos são capturados anualmente para criação em aquários e para uso medicinal, principalmente no Oriente.

Existem mais de 50 espécies de cavalos-marinhos. Eles se distribuem por todos os continentes, em regiões tropicais e temperadas. As espécies encontradas no Brasil são o Hippocampus reidi, o cavalo-marinho-do-focinho-longo, o H. erectus, o cavalo-marinho-raiado, e o H. patagonicus, o cavalo-marinho-do-focinho-curto. O mais facilmente encontrado, tanto no mar quanto em estuários, é o H. reidi. Já as outras duas espécies são mais  restritas ao ambiente marinho.

A alimentação destes diminutos animais (medem de 15 cm a 18 cm) é composta por pequenos crustáceos, moluscos, vermes e plâncton. Para comer eles sugam o alimento através de seus focinhos tubulares. E não costumam ir atrás de comida, os cavalos-marinhos comem o que estiver passando na frente deles.

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