Inseminação artificial: ajuda a evitar a extinção, mas não substitui políticas públicas de conservação

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
29 de novembro de 2011
“Pesquisadores brasileiros realizaram pela primeira vez no país um processo de inseminação artificial com sêmen congelado em seis fêmeas de jaguatirica (Leopardus pardalis), felino da Mata Atlântica que está na lista nacional dos animais ameaçados de extinção.

A experiência é parte de um estudo que tem o objetivo de melhorar o processo de reprodução de espécies em extinção em laboratório, o que aumentaria as chances de evitar o desaparecimento de exemplares.” – texto da matéria “Equipe faz inseminação artificial inédita em jaguatiricas no Brasil”, publicada em 24 de novembro de 2011 pelo portal G1

Foto: Caio Coronel/Itaipu Binacional/Divulgação

O desenvolvimento de pesquisas nessa área é fundamental, mas não deve contaminar a população e os gestores públicos com a ideia de que a ciência pode resolver qualquer problema – principalmente na área ambiental. O excesso de cientificismo ilude e faz com que preservação e conservação sejam deixadas em segundo plano sob o pretexto de que os danos podem ser revertidos pela técnica.

A inseminação artificial por meio de sêmen congelado é denominada “criopreservação de gametas”. Os procedimentos realizados no Hospital Veterinário do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR), fazem parte de uma pesquisa científica desenvolvida por meio de uma parceria entre a Itaipu, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Faculdade Assis Gurgacz.

“Na prática, a ação pode salvar animais da extinção e também possibilitar o intercâmbio genético de felídeos separados pelas barreiras geográficas.(…)

Os últimos filhotes de jaguatirica nascidos no RBV pelo método natural estão com dois anos de idade. Na natureza, as jaguatiricas podem ter até quatro filhotes. A partir deste tipo de inseminação, não há previsão da quantidade de animais que podem nascer.” – texto da matéria “Jaguatiricas de Itaipu recebem inseminação artificial inédita”, publicada em 23 de novembro de 2011 pelo portal Terra

– Leia a matéria completa do portal G1
– Leia a matéria completa do portal Terra
– Assista à matéria sobre as inseminações das jaguatiricas (Paraná TV – TV Globo):

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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